O Fantástico divulgou na noite deste domingo novas informações sobre a investigação da morte da juíza Patrícia Acioli - morta quando chegava em casa no bairro de Piratininga, em Niterói (RJ). Entre elas, dados telefônicos que comprovam que exatamente um mês antes do crime, os três militares acusados do assassinato estiveram na rua onde morava e onde foi assassinada a magistrada. Eles permaneceram no local por 26 minutos.
As investigações mostram que no dia 11 de julho o tenente Daniel Benitez e os cabos Sérgio Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda se encontraram na rua dos Corais, em Piratininga, e ficaram das 19h43 às 20h09. "Está provado que eles são os autores do homicídio. Isso não há dúvida para a polícia que esses três participaram efetivamente da execução da juíza Patrícia Acioli", afirmou o delegado titular da Divisão de Homicícios (DH), Felipe Ettore. Em depoimento, Daniel e Jeferson negam a acusação. Sergio se recusou a falar.
Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
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