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Internacional
Segunda - 19 de Setembro de 2011 às 07:31

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O reconhecimento do governo do Brasil, na ONU, à criação de um Estado palestino tem o apoio de 41% dos brasileiros, mas a rejeição é alta: um quarto dos entrevistados (26%) acha que a presidente Dilma Rousseff deve votar contra a iniciativa palestina. Mais de 30% não têm opinião formada ou creem que o Brasil deve se abster na votação ou que outros fatores devem ser considerados antes do apoio.

A pesquisa, realizada pelo Serviço Mundial da BBC e conduzida pelo instituto GlobeScan em 19 países, ocorre em meio aos preparativos para o discurso do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na ONU, na semana que vem, pedindo o reconhecimento oficial a seu Estado e a incorporação da Palestina como um membro pleno das Nações Unidas. A tendência é que o governo brasileiro apoie a resolução defendida por Abbas.

Comunicado emitido pelo Itamaraty em dezembro do ano passado, ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já anunciava o "reconhecimento do Estado palestino nas fronteiras de 1967 (incluindo Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza)", em resposta a um pedido feito pelo próprio presidente palestino. Na ocasião, o comunicado dizia que o reconhecimento "é parte da convicção brasileira de que um processo negociador que resulte em dois Estados convivendo pacificamente e em segurança é o melhor caminho para a paz no Oriente Médio. (...) O Brasil estará sempre pronto a ajudar no que for necessário".

Na América Latina, a pesquisa do Serviço Mundial da BBC foi realizada também no México, no Chile e no Peru.

"Grande parte do público (latino-americano) ficou indeciso - particularmente no Chile, onde 52% (dos entrevistados) não ficaram nem contra nem a favor (do reconhecimento)", diz o levantamento. "Ainda assim, o balanço de opinião ainda é favorável ao reconhecimento. A mais alta porcentagem a favor é do México (45% pró e 15% contra)."

No mundo, a pesquisa foi realizada com 20.466 pessoas em 19 países dos cinco continentes, entre 3 de julho e 29 de agosto. No Brasil, as entrevistas se concentraram em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.






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