Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Domingo - 18 de Setembro de 2011 às 21:48

    Imprimir


O Distrito Federal completa 100 dias consecutivos sem chuva neste domingo (18). De acordo com as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até o dia 20 não vai haver nenhuma precipitação.

O instituto informou ainda que nos últimos 10 anos não choveu no mês de setembro somente três vezes. “Há chance de 70% de ocorrer chuva por causa dos últimos anos”, disse o meteorologista Manoel Rangel.

Imagem do Memorial Juscelino Kubitschek em Brasília neste domingo (18) (Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil)
Imagem do Memorial Juscelino Kubitschek em Brasília neste domingo (18) (Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil)



O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu aviso especial para alertar que as condições meteorológicas no Distrito Federal favorecem a umidade do ar abaixo dos 30% neste fim de semana e na próxima segunda-feira (19).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera ideal a umidade acima de 60%. Entre 30% e 20% é considerado estado de atenção. Abaixo de 20% até 12% é decretado o estado de alerta.

O índice de umidade relativa do ar chegou a 10% no dia 15 de agosto. Com o tempo seco, vários focos de incêndios têm sido registrados nos últimos dias. O fogo que consumiu a Floresta Nacional de Brasília entre 8 e 13 deste mês foi considerado o maior da história.

Segundo a chefe da reserva, Miriam Ferreira, cerca de 4 mil dos 9.351 hectares da floresta foram destruídos. A área 1, com 3.351 hectares e maior quantidade de remanescentes de fauna e flora do cerrado, foi a mais atingida, com 75% dos limites consumidos. Além dela, as zonas 3 e a 4 sofreram com os incêndios. A reserva tem mais de 3 mil moradores irregulares.

Nesta terça-feira (13), durante apresentação de dados sobre desmatamento do cerrado, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o incêndio na Floresta Nacional de Brasília foi criminoso e já está sob investigação. "O incêndio na Floresta Nacional de Brasília foi criminoso, já temos provas disso", afirmou a ministra.

De acordo com o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, apesar de não ter sido encontrado artefato usado para provocar o incêndio na Flona, há outras provas de que a ação foi criminosa. "O nosso pessoal em campo identificou pessoas provocando os incêndios dentro da unidade. Nós os perseguimos, mas eles conseguiram fugir."

Na segunda-feira (12), Mello pediu à Polícia Federal que investigue os incêndios que atingiram a Floresta Nacional de Brasília e outras cinco áreas de conservação ambiental no país.

Tempo seco
Os danos à saúde causados pelo tempo seco que atinge várias regiões do país podem ser minimizados com alguns cuidados, afirmam os médicos. O mesmo não ocorre com os efeitos da fumaça resultante das queimadas, como as que atingem o Distrito Federal há uma semana, diz o pneumologista Ricardo Martins, de Brasília.

Veja abaixo os problemas mais comuns decorrentes da baixa umidade do ar e das partículas em suspensão dos incêndios florestais e dicas de como reduzir seus efeitos.

Pele – segundo a dermatologista Cristiane Dal Magro, a hidratação da pele deve ser feita com um creme, mas para ser mais eficaz, é importante que ocorra em até três minutos após o banho. “Chamamos essa orientação de dica de ouro da hidratação. É nesse período que a pele absorve melhor os princípios ativos do hidratante.”
saiba mais

Nas peles mais sensíveis, a secura pode causar fenômenos alérgicos, como a dermatite atópica, lembra a dermatologista. “Outro fenômeno relacionado ao tempo seco é o eczema, que gera inflamação e irritação, com formação de placas vermelhas e engrossamento da pele”, diz.

Nariz e olhos – outro efeito da baixa umidade sobre o corpo é o ressecamento das mucosas e dos olhos, diz o médico Maurício Menezes de Souza, que atua na área de clínica médica. “Por causa desse ressecamento, o nariz e os olhos podem ficar irritados. No nariz, como os vasos são muitos superficiais, o ressecamento pode causar sangramento”, explica.

Outra consequência relacionada ao ressecamento da mucosa do nariz é a maior vulnerabilidade a viroses. “Com a umidade natural da parede do nariz, vírus e bactérias aderem e ali morrem. Com a mucosa seca, o nariz perde essa capacidade de filtro”, afirma Menezes. Solução fisiológica pode hidratar os olhos e nariz, aliviando o desconforto.

Pulmão – órgão mais afetado pelas partículas em suspensão provocadas pela fumaça de incêndios. O pneumologista Ricardo Martins diz que não há muito o que fazer. Segundo ele, o excesso de fumaça faz com que a respiração se dê de maneira mais prejudicada, tanto pela redução da concentração de oxigênio, quanto pela competição com outros gases. As pessoas devem evitar dirigir nos horários de pico de trânsito, quando há maior concentração de gases produzidos pelos veículos.

Pessoas que vivem próximas de áreas de incêndios devem fechar janelas, portas e umidificar o ambiente de casa com bacias d’água, toalhas molhadas e equipamentos de umidificação, se possível.

Consumo de líquidos – O clínico Maurício Menezes lembra que a hidratação é fundamental para evitar os transtornos da baixa umidade no corpo. “Existe um equilíbrio de água no nosso organismo. Para mantê-lo, a pessoa deve ingerir de dois a três litros de água pura ou em sucos. A bebida alcoólica não é recomendada para hidratar, porque o álcool inibe o hormônio antidiurético, o que faz com que a água do corpo seja eliminada mais rapidamente.”





Fonte: Do G1 DF

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/75758/visualizar/