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Nacional
Domingo - 18 de Setembro de 2011 às 16:47

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Em Mato Grosso do Sul a pastagem sofre com a estiagem prolongada. São pelo menos três meses sem chuva forte em diversas regiões do estado. No sol do inverno a temperatura elevada é inimiga do rebanho. O gado se alimenta do pasto que restou, que está seco como uma palha e serve apenas de massa pra enganar a fome dos animais.

Em uma fazenda localizada no município de Chapadão do Sul, a 370 quilômetros de Campo Grande, o capataz João Willes reforça a alimentação das rezes com ração e sal mineral. A mistura no cocho não engorda o gado, apenas mantém o peso durante a escassez de pasto.
“Nós usamos o concentrado proteico no coxo. As vacas comem de mais da conta”, diz Willes.

Nos tempos difíceis da seca, quem se planejou está conseguindo alimentar o rebanho com qualidade. O produtor Mário Scheide usa como alternativa a silagem do milho, solução que tem como base o sistema de confinamento.

“Nós fazemos silagem de milho safrinha e dá uma alimentação de altíssima qualidade. Usamos 20 quilos de silagem por dia, mais quatro quilos de concentrado. Concentrado a base de milho ou sorgo, misturado com aquela soja teve problema com as chuvas do começo do ano”, explica Mário Scheide.

O período de estiagem é sinônimo de rentabilidade na fazenda de Scheide. Durante os meses sem chuvas, o confinamento também recebe animais de outros pecuaristas da região. Neste mês, duas mil cabeças estão em regime de engorda.

São animais que chegaram magros e ganharam peso em pouco tempo. Cada um come 20 quilos de ração por dia por dois meses e saem prontos para comercialização. Scheide recebe R$ 6 por dia, por cabeça. Parte da renda vai para o custeio do sistema, o restante fica de lucro para o produtor.

“O pessoal que tem animais, quer acabar o animal em outubro, setembro, na melhor época do ano. E isso é impossível, terminar o animal a campo, principalmente se você quer dar acabamento, dar gordura, que o frigorífico está exigindo. E no confinamento o animal engorda 1,8 quilo, dois quilos por dia, enquanto que no campo ele perde 200 a 300 gramas por dia”, comenta Scheide.

Animais robustos e produtor satisfeito num dos períodos mais críticos do ano para a pecuária.






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