"A região ibero-americana passou por verdadeiros ""culturicídios"". Precisamos debater porque devemos dissecar um destino que tem páginas extremamente dolorosas. Por isso, é preciso falar de uma indissolúvel relação entre política e cultura; é preciso olhar para trás para avançar para frente", disse o secretário de Cultura argentino, Jorge Coscia, no fechamento do congresso.
Organizado pelo Governo argentino e pela Secretaria-Geral Ibero-Americana, o encontro contou com a presença de 2.500 pessoas, 150 oradores e representantes de 22 países reunidos sob o lema "Cultura, política e participação popular".
"Estamos construindo com as ferramentas da cultura, da política e da participação popular, esse magnífico fenômeno da integração, completando um processo que já leva cinco séculos", disse Coscia.
Este congresso produziu um documento de balanço que será entregue às autoridades da região, junto com outros dez textos que incluem sugestões de políticas a se desenvolver nas áreas de música, artes visuais, letras, audiovisual, organizações culturais de base, políticas culturais no âmbito municipal, jornalismo e política universitária.
Durante os três dias do fórum se desenvolveram diversas mesas de debate, na qual foram temas de destaque a crise econômica global e seus efeitos no âmbito cultural, o fortalecimento de um olhar próprio sobre a identidade latino-americana, a necessidade de políticas ativas no campo cultural e a valorização da diversidade como grande ativo da região.
O congresso reuniu funcionários, especialistas e referenciais de diversos campos criativos e, em forma paralela, desenvolveu uma abundante agenda de espetáculos.
A quinta edição do Congresso Ibero-Americano de Cultura será realizado em 2012 em Zaragoza, Espanha, e o tema de debate vai ser "Cultura e tecnologia".
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