Subsidiária da SAP admite culpa em processo movido pela Oracle
Como parte do acordo, a SAP não será acusada de qualquer delito criminal, disse Tharan Lanier, advogado da SAP, na quarta-feira.
O processo é parte de uma longa disputa judicial entre SAP e Oracle. No ano passado, um júri civil concedeu 1,3 bilhão de dólares em indenização à Oracle pelas acusações de que a TomorrowNow, subsidiária já extinta da SAP, havia acessado indevidamente milhões de arquivos da Oracle.
A juíza federal norte-americana Phyllis Hamilton, de Oakland, na Califórnia, que presidiu os processos civis e criminais, posteriormente reduziu a indenização a 272 milhões de dólares, uma decisão que levou a Oracle a buscar permissão para recorrer.
O presidente-executivo da TomorrowNow, Mark White, apresentou a admissão de culpa em nome da empresa na quarta-feira, em audiência com Hamilton. White também é vice-presidente financeiro de operações internacionais da SAP.
"Acreditamos que a resolução dessa investigação foi justa," afirmou James Dever, porta-voz da SAP, em comunicado. "Estamos satisfeitos por termos chegados a uma conclusão apropriada para esse processo."
Na audiência de sentenciamento, a juíza Hamilton expressou confusão sobre a admissão de culpa por parte de uma empresa extinta. "Eu achava que a TomorrowNow na verdade não existisse mais," disse ela.
Lanier afirmou que a SAP, como controladora, se responsabilizaria pelos compromissos da TomorrowNow. Hamilton aceitou os termos do acordo, que incluem um período de operações sob vigilância.
Lanier acrescentou que a TomorrowNow tem menos de dez funcionários no momento.
A multa de 20 milhões de dólares "reflete a seriedade da conduta" envolvida, afirmou Kyle Waldinger, promotor federal assistente, acrescentando que a Oracle pode solicitar indenização pelos danos por meio de processos civis.
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