Grevistas fizeram mobilização nesta segunda-feira, no Centro de Cuiabá. Categoria está com atividades paralisadas desde o dia 19 do mês passado.
Bancários ficam "acorrentados" em agência de Cuiabá durante greve

Em greve, bancários ficaram acorrentados em forma de protesto nesta segunda-feira (7), na frente de uma agência bancária, na Rua Barão de Melgaço, em Cuiabá. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, José Maria Guerra, o movimento tem como objetivo principal protestar contra a falta de proposta dos bancos, que, segundo ele, só visa lucros. "O banco só visa lucros, sempre cobra lucro dos funcionários, mas não dá segurança para os clientes e não aumenta o salário dos funcionários", disse.

Segundo Guerra, durante os 18 dias de paralisação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nenhuma proposta satisfatória. "Ao invés de buscar uma negociação com a categoria, a administração tentou por meio da Justiça uma forma de acabar com o movimento grevista. E nós não iremos acatar essa decisão”, afirmou o presidente em entrevista ao G1.



Grevistas protestaram na frente de uma agência bancária (Foto: Rayane Alves/ G1)

Em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, a adesão das agências à greve já chegou a 100%. Além delas, outras 35 cidades no interior fazem parte da mobilização. Na lista estão Poconé, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde, Nobres, Chapada dos Guimarães, Santo Antônio de Leverger, Rosário do Oeste, Tangará da Serra, Sinop, Sorriso, São José dos Quatro Marcos, Rio Branco, Vila Bela Santíssima Trindade, Nova Mutum, Alta Floresta, Barra do Bugres, Pontes e Lacerda, Mirassol D"Oeste, Arenápolis, Juína, Comodoro, Nortelândia, Araputanga, Nova Olímpia, Jauru, Rondonópolis, Pedra Preta, Campo Verde, Jaciara, Alto Araguaia, São Félix do Araguaia, Confresa e Barra do Garças.

Os trabalhadores reivindicam mais segurança nas agências, reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), melhores condições de trabalho, o fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações e proibição de dispensas imotivadas. Durante a greve, apenas os caixas eletrônicos funcionam normalmente. Essa é a forma encontrada pelos bancários de manter o percentual mínimo de trabalhadores em atividade de 30%.

Conforme o presidente, nesta segunda-feira, às 17h, será feita uma assembleia para apreciar a proposta apresentada pela Fenaban na última sexta-feira (4). “Apesar de ter essa assembleia hoje, existe uma orientação nacional para que os bancários rejeitem a proposta porque ela foi considerada insuficiente”, pontuou.

A Fenaban disse, na sua página na internet, ter apresentado proposta de reajuste de 4,29%, no último dia 22.