Após 6 meses e com pouco recurso, Domingos deixa Sedraf e volta à AL
Há seis meses no comando da secretaria estadual de Desenvolvimento Rural (Sedraf), José Domingos Fraga (DEM), vai “jogar a toalha”. Inconformado com a falta de recursos, o democrata anunciou para um grupo de deputados e membros do setor agropecuário que deve retornar à Assembleia até 15 de outubro. Ele sustenta que por ser “prata da casa”, já que é agrônomo, fica numa saia-justa com os funcionários da Empaer e com os representantes da agricultura familiar. Não consegue avançar no setor e, por isso, diz estar sendo prejudicado.
Com a saída dele, a secretaria deve ser comandada pelo secretário-adjunto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e presidente do diretório do PMDB em Cuiabá, Clóvis Figueiredo Cardoso. Assim, sobe para seis o número de pastas comandadas pelo partido do governador Silval Barbosa. Hoje a legenda tem Teté Bezerra no Turismo; José Lacerda na Casa Civil; Cidades, sob Nico Baracat; Trabalho e Assistência Social que está com a primeira-dama Roseli Barbosa; e Comunicação, com Osmar Carvalho.
Assim, curiosamente, sem Zé Domingos no staff, o PMDB passará a comandar o mesmo número de pastas que o PR, que hoje tem Pedro Nadaf na Indústria, Comércio, Minas e Energia; Vicente Falcão no Meio Ambiente; Francisco Vuolo na Acompanhamento Logística de Transportes; João Malheiros na Cultura; Arnaldo Alves, no Transporte e Pavimentação Urbana e César Zílio na Administração.
Esta não é a primeira vez que Fraga ameaça “chutar o balde” e abandonar a pasta. Três meses após assumir o comando da secretaria, ele pressionou o governo a liberar recursos. No fundo, sonha em fazer um bom trabalho porque quer disputar a Prefeitura de Sorriso. Entre os principais desafios dele estava a reestruturação da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer), que atualmente só conta com recurso para custear a folha de pagamento dos servidores, estipulada em R$ 1 milhão.
Fraga também precisa gerenciar o MT Regional, que agrega o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat). O retorno dele à AL prejudica o trabalho do segundo suplente da coligação, Carlos Avalone (PSDB). O primeiro, Gilmar Fabris (DEM), ficou apenas foi algumas semanas e resolveu abrir mão do espaço em benefício do tucano.
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