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Polícia Brasil
Quinta - 15 de Setembro de 2011 às 09:50
Por: Giselle Dutra

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A Polícia Civil investiga mulheres que fingem ser funcionárias do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e prometem empréstimos no município de Russas, a 162 km de Fortaleza. Segundo a delegada da cidade Karina Xavier, a quadrilha pede cópias autenticadas de documentação das  pessoas, além de R$ 200,00, prometendo empréstimo do BNB. Cinco mulheres foram ouvidas pela polícia e duas das suspeitas têm em torno de 60 anos.

Segundo Karina, as mulheres dizem para as pessoas lesadas que vão conseguir empréstimos de R$ 20 mil a R$ 30 mil e pedem R$ 200,00 para pagar um "projetista". "Elas dizem que há um projetista, mas nenhuma diz saber quem é", afirma a delegada.

Pelo menos 35 pessoas foram lesadas em Russas e a polícia investiga mais casos em municípios vizinhos, como Tabuleiro do Norte e Quixeré. Uma delas, de Russas, duas de Tabuleiro do Norte e duas de Quixeré. "Foi feita uma acareação. Elas estão jogando a culpa uma na outra", afirma Karina.

De acordo com a delegada, foi aberto o inquérito policial, mas ainda não houve necessidade de se pedir prisão preventiva. "Por enquanto ninguém foi indiciado. Estamos investigando e as suspeitas estão apenas prestando depoimento". Se forem indiciadas, segundo Karina Xavier, as mulheres serão enquadradas no artigo 171, por estelionato, no Código Penal Brasileiro. A pena para este tipo de crime é de reclusão de um a cinco anos e multa.

A assessoria de comunicação do BNB informa que não são realizados empréstimos em domicílio e que as transações do banco só são realizadas em agências ou postos do BNB. O banco orienta ainda que as pessoas exijam documento de identificação de funcionários do banco. A assessoria diz ainda que espera que a polícia investigue a suposta fraude.

Vítima
Uma cabeleileira de 35 anos, moradora de Russas, conta que uma das mulheres que "ofereceu" o empréstimo é madrinha de sua irmã e que por isso confiou nela. "Eu queria investir no meu salão", afirma. Em abril deste ano, ela, o pai, a mãe, a irmã e uma amiga solicitaram os serviços oferecidos peelo grupo e desembolsaram R$ 200, cada, com toda a documentação exigida.

A cabeleileira lembra que a suposta golpista disse que se não desse certo o empréstimo devolveria a documentação e o dinheiro. "Ela deu prazo de 45 dias. Comecei a ligar depois disso. Ela disse que a responsável pelo banco havia adoecido e prometeu que assim que ela retornasse ia começar os processos".





Fonte: Do G1 CE

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