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Segunda - 07 de Outubro de 2013 às 15:40

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Fabiana Marques de Souza foi condenada pela morte do marido (Foto: Campo Verde News)
Fabiana Marques de Souza foi condenada pela morte do marido (Foto: Campo Verde News)

Uma dentista foi condenada a seis anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, pelo assassinato do marido dela, em 2006. No julgamento, na sexta-feira (4), pelo Tribunal do Júri da Comarca de Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, onde o crime ocorreu, Fabiana Marques de Souza confessou ter matado a vítima a tiros durante uma discussão motivada por ciúmes. Após o homicídio, ela sofreu um acidente quando estava com o corpo do marido no carro.

O advogado de Fabiana, Valmiro Antônio Pinheiro da Silva, disse ao G1 que a cliente confessou o crime, porém, durante o terceiro depoimento prestado à Polícia Civil. Uma das teses apresentadas por ele, a de que não se tratava de homicídio qualificado, foi aceita pelos jurados. "Pedimos que fosse reconhecida a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima, não era homicídio qualificado", afirmou.

Como consta do processo, que tramita na 1ª Vara Criminal, ela alegou que o marido não queria mais que ela estudasse para que cuidasse de casa e esse seria o maior motivo da briga, que resultou na morte dele. Na época, ela cursava educação física na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Ela disse que, na noite anterior ao crime, eles tiveram uma discussão "acalorada", mas que, mesmo assim, dormiram juntos na mesma cama. Porém, no dia seguinte, quando estava no carro para sair de casa, o marido a impediu e mandou que descesse do veículo, a ameaçando com uma arma de fogo.

A ré então disse ter obedecido as ordens dele e os dois começaram a discutir sobre a possibilidade dela continuar frequentando a faculdade. No entanto, ela disse ter pedido para ele deixasse a arma. Durante a briga, a vítima teria dado dois tapas no rosto dela, o que a fez cair no chão. Diante das ameaças dela de que iria prestar queixa à polícia, ele teria a agredido e, nisso, a vítima caiu no chão e a dentista conseguiu pegar a arma que estava em cima do sofá da sala. Ela efetuou um disparo e atingiu o peito do marido. Em seguida, a acusada deu mais um disparo e acertou o ombro da vítima.

A mulher alegou em juízo que o marido entrou no carro para que ela o levasse ao hospital. Isso a pedido do próprio marido. Segundo a ré, o marido pediu que ela dissesse que o crime teria ocorrido durante um assalto na residência do casal. "A perícia mostrou que ele entrou no carro sozinho. Ela pretendia levá-lo para o hospital, quando ele desmaiou. Ela ficou desesperada e mudou o rumo. O carro capotou", disse o advogado de Fabiana.

O advogado ainda argumentou, durante o julgamento, que não havia resíduos de pólvora nas mãos da dentista. Por isso, ele disse acreditar não ter sido ela a autora do crime, apesar dela ter confessado. "Esse é um caso envolto em mistério, mas foi isso que peguei e isso que defendi", pontuou Valmiro.

Quando a casa já estava vazia, uma testemunha, que trabalhava no local, chegou ao local e encontrou a casa toda ensaguentada e revirada. Essa mulher então telefonou para a polícia. No mesmo instante, a Polícia Civil da cidade foi chamada para atender uma ocorrência de trânsito. Após a chegada da polícia, Fabiana e o marido, que havia levado dois tiros, foram encaminhados ao hospital. Ela também sofreu ferimentos graves. À princípio, os policiais fizeram rondas perto do local onde tinha acontecido o acidente, mas não encontrou nenhum suspeito do crime.

A mulher foi presa e conseguiu a liberdade depois de 10 meses na prisão. Nesse período, teve uma filha, mas não confirmou que seria fruto do relacionamento com a vítima.
 





Fonte: Do G1 MT

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