Funcionários dos Correios entram em greve em todo o país

Funcionários dos Correios de Mato Grosso entraram em greve a partir de hoje (14). Entre as reivindicações, que compõem pauta com 82 itens, os cerca de 1,4 mil funcionários que atuam no Estado cobram piso salarial de 3 salários mínimos, o equivalente a R$ 1.635. A paralisação já atinge 32 sindicatos em todo o Brasil. A partir das 10 horas, os grevistas se reúnem na Praça da república, centro da Capital, em ato público que marca o início do movimento.

Segundo o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais de Mato Grosso (Sintect/MT), Samuel Carvalho de Souza, a categoria também cobra, em nível estadual, a equiparação do valor adicional pago aos motoristas. Hoje, eles recebem metade dos valores que são pagos em São Paulo e Amazonas.

A categoria também reclama do descumprimento das leis municipais, de Cuiabá e Rondonópolis (212 km ao Sul da Capital), que obrigam os Correios a colocar os carteiros na rua apenas no período da manhã. De acordo com Souza, a direção regional alega que as leis municipais não possuem efeitos no órgão federal. Por isso, os servidores que realizam a entrega de objetos passam 8, 9 horas expostos ao sol, forte nesta época do ano.

Outro aspecto abordado pelo sindicalista diz respeito ao fato de os atendentes das agências realizarem trabalhos bancários. O sindicato cobra pagamento adicional a estes servidores. “Com o contrato firmado com o Banco do Brasil, a demanda cresceu muito. Além disso passamos a ser alvo fácil, porque a maior parte das agências do interior não possui portas giratórias ou seguranças”.

Agentes de triagem, responsáveis pelo processamento interno das correspondências, também cobram adicional por insalubridade. “Muitas vezes manuseamos objetos com dejetos humanos, de animais, sangue e isso coloca em risco a vida destas pessoas”.

As negociações entre grevistas e a direção dos Correios serão realizadas, em nível federal, em Brasília (DF).