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Economia
Quarta - 14 de Setembro de 2011 às 04:49

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Cadeia do frango profissionaliza instalação de aviários e atrai especialistas interessados em entrar no negócio. Maior produtora e exportadora de carne de frango do Brasil, a avicultura do Paraná está em busca de novos investimentos. Para se manter no topo do ranking nacional, o setor tem adotado diferentes estratégias, entre elas a de ampliar o número de condomínios avícolas, um modelo de negócio que tem atraído profissionais de diferentes áreas de atuação. Empresas com tradição na atividade avalizam projetos, oferecem matéria-prima (os pintainhos), insumos e as­­sistência técnica. Em contrapartida, ganham na padronização da cadeia do frango. As apostas dos investidores estão sustentadas no rápido retorno do capital investido e, prin­­­cipalmente, no forte potencial do setor. “A avicultura tem somente um ou dois meses de crise. Tem crescimento consistente de 5% a 10% por ano. A partir do segundo mês de operação, já é possível pagar a prestação do financiamento utilizado para a construção da planta”, calcula o zootecnista José Francisco Mendes. Depois de analisar diversas opções de aplicação, ele e outros cinco amigos decidiram investir em um condomínio avícola. Todos são funcionários de multinacionais e há 15 anos mantêm contato com a avicultura fornecendo insumos aos criadores. O projeto do grupo prevê a construção de 12 aviários com capacidade para 60 mil aves cada e deve ser concluído até o final de 2012. O maior gasto, segundo Mendes, ocorre na construção dos barracões – onde as aves ficam abrigadas durante a engorda. O inventimento necessário pode chegar a R$ 350 mil. Para tirar a planta do papel, seu grupo vai financiar a maior parte da construção do condomínio. A área onde serão construídas as granjas já foi comprada. Tem 24 hectares e custou R$ 300 mil. “Se fôssemos comprar uma área cada um, o desembolso seria muito maior. É um investimento de médio prazo, que deve ficar para a nossa aposentadoria”, conta Mendes. Como a maior parte dos recursos deve ser obtida por empréstimos bancários, os investidores calculam que o retorno do empreendimento virá dentro de 8 ou 10 anos. “A renda por aviário deve ficar entre R$ 7 e R$ 8 mil a cada dois meses (tempo do ciclo de produção). E o gasto deve ser de R$ 6 mil. Não vai sobrar nada, mas depois desse período, temos o aviário pago e a renda líquida”, afirma. Toda a produção do condomínio de Mendes deve ser comercializada para a Frangos Canção, de Maringá. Dona de quatro condomínios avícolas, que atualmente fornecem 40% dos frangos que recebe, a empresa é uma das pioneiras na implantação do sistema no Paraná. Abate 340 mil aves por dia depois de ter modernizado seu sistema de produção. O gerente agroindustrial da empresa, Ildeu Canalli, analisa que a criação de aves tem deixado de ser um segmento para pequenos produtores e se tornado um investimento lucrativo. “Isso traz economia de escala e uma possibilidade de maior ganho para o produtor. Garante resultado, já que o barracão é todo automatizado. Tem melhor controle com número de aves e recebe assistência técnica diariamente”, pontua.






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