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Educação/Vestibular
Terça - 13 de Setembro de 2011 às 23:43

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O Ministro da Ciência Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, defendeu nesta terça-feira que o Congresso Nacional reveja as receitas do fundo setorial CT-Petro retirados pela Lei nº 12.351/2010, sancionada por Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2010. O ministro é favorável que 30% deste dinheiro seja investido em educação. Ele também quer que 7% dos recursos sejam destinados para ciência, tecnologia e inovação.

A proposta do ministro contraria interesse de prefeitos e governadores que querem os recursos do pré-sal para custear gastos ordinários. "O dia a dia tem que ser resolvido com o crescimento do País, com a geração de renda", disse. "O pré-sal é uma riqueza provisória, temporária. O prefeito de amanhã não vai ter o pré-sal. Talvez a geração dos nossos netos não terá. O que nós vamos deixar para eles?".

Demanda dos cientistas
A posição de Mercadante coincide com a demanda da comunidade científica. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC) recolheram assinaturas em um abaixo-assinado e o enviou à presidenta Dilma Rousseff. O documento defendendo a partilha dos royalties para educação, ciência, tecnologia e inovação. O ministro levou uma cópia do abaixo-assinado para os senadores.

De acordo com cálculo feito pelas entidades científicas, só o percentual de 30% dos valores destinados a estados e municípios pode gerar R$ 3,97 bilhões anuais, "quantia que possibilitaria dar um salto na qualidade do ensino, especialmente na educação básica", diz o documento.

"O Brasil precisa se preparar para a economia do conhecimento, para a economia verde e sustentável. O pré-sal é o grande passaporte para a gente dar esse salto. Essa visão imediatista é um erro. É só olhar para os países grandes produtores de petróleo. A Venezuela aqui do lado descobriu os grandes reservatórios de petróleo em 1974, mas não conseguiu se desenvolver. Outros países, como a Noruega, conseguiram. Vamos seguir os bons exemplos", declarou Mercadante.

Partilha dos recursos
A liderança do governo no Congresso trabalha para que criar uma nova forma de partilha dos royalties, evitando a derrubada do veto do então presidente Lula à chamada Emenda Ibsen, referência ao deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que determinava a divisão igualitária dos royalties do pré-sal entre todos os estados e municípios.

Após o veto, Lula ainda encaminhou ao parlamento um projeto de lei estabelecendo uma parcela maior aos estados produtores; e criando um fundo social para educação, ciência, tecnologia e inovação, combate à pobreza, meio ambiente e esporte.






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