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Cidades/Geral
Terça - 13 de Setembro de 2011 às 03:27
Por: DAFNE SPOLTI

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A perda de faturamento da água em Cuiabá é uma das mais altas do país: 59,3%. A cidade está no segundo lugar nesse tipo de perda, que relaciona o volume distribuído com o faturado, atrás somente de Manaus no universo de 26 grandes prestadores de serviços de maior porte (que abrange as capitais). De acordo com os últimos dados do Ministério das Cidades (referentes a 2009), a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) foi também a que teve maior crescimento na perda de faturamento no país (de 2008 a 2009). Além de ser a vice-campeã, Cuiabá está também no grupo das três únicas cidades que tem perda maior ou igual a 50%: Manaus (ADA) – 64,4 % - e Guarulhos (SAAE) – 50%.

De acordo com o diretor-técnico da Sanecap, Joaquim Andrade, o faturamento mensal da Companhia é de 3 milhões de metros cúbicos de água, do total de cerca de 7,8 milhões de metros cúbicos produzidos. Ou seja, a perda é maior que o ganho: 4 milhões de metros cúbicos. Para ele, isso se deve à falta de investimentos para reabilitação do sistema de águas e também ao fato de Cuiabá ter crescido de forma desorganizada, sem planejamento.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento de Cuiabá (dos trabalhadores da Sanecap), Ideueno Fernandes de Souza, defende que esse número “é um chute”. Segundo Ideueno, como Cuiabá tem apenas 70% de hidrômetros instalados, não é possível identificar a quantia exata de faturamento. Ele garante também que não há formas de medir o quanto de água é distribuído em cada estação da Companhia. Para o trabalhador, a ausência de medidores deve-se à falta de investimento. “É a empresa que deve colocar medidores nas casas das pessoas e a Sanecap não faz isso”.

Ele explica que para um índice correto de perda seria necessário “’hidrometrar’ todas as residências e toda a água que sai das estações”. Para ele, o “chute” pode estar sendo utilizado como forma de “justificar o mau funcionamento” da Sanecap.

O diretor da Sanecap explica que a medida é feita com base nos hidrômetros que estão instalados e que, no caso dos locais que não tem o aparelho, o cálculo é de acordo com a estimativa de uso desse consumidor, que tem um valor fixo a pagar de acordo com o tamanho da construção. Sobre o levantamento de distribuição de água, o diretor-técnico da Companhia explica que é feito com base na avaliação instantânea (o momento em que a água está sendo distribuída a partir da estação). A avaliação é depois contabilizada no mês. Ele disse ainda que as vezes uma bomba pode quebrar, ficando estragada por cerca de 2h a 4 horas, o que para ele não invalida a contagem num universo de 30 dias.

A pesquisa do Ministério das Cidades trabalha com informações cedidas pelos próprios prestadores de serviço. Os resultados indicam que a média nacional de perda foi de 37,1%, maior do que a média do Centro-Oeste – 33,8%. Mato Grosso ficou com perda entre 40,1% e 50%.




Fonte: Do DC

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