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Internacional
Domingo - 11 de Setembro de 2011 às 23:59

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A maioria dos franceses acredita que o ex-diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss-Kahn não deveria se envolver com a eleição presidencial de 2012 após o seu retorno para a França depois do escândalo sexual que o levou à prisão nos Estados Unidos, apontou pesquisa divulgada neste domingo (11).

O veterano político socialista era visto como um claro favorito para desafiar o atual presidente Nicolas Sarkozy, de centro-direita, antes de ser preso em meados de maio acusado de tentativa de estupro de uma camareira de hotel --acusações que foram abandonas em agosto.

Segundo o levantamento da TNS Sofres, 63% dos franceses acreditam que Strauss-Kahn deveria desistir da campanha para a eleição. O ex-dirigente do FMI ainda enfrenta uma acusação civil em Nova York, além de outra acusação de tentativa de estupro feita pela escritora francesa Tristane Banon, 30 anos mais jovem.

A opinião dos franceses sobre o partido socialista não parece ter sido afetada pelo escândalo, contudo. O mesmo levantamento aponta que 76% dos entrevistados disseram que o caso não gerou impacto para a imagem do partido, que no próximo mês deve ter as primárias para definir o seu candidato oficial para a corrida de 2012.

CASO

Strauss-Kahn foi detido em 14 de maio no aeroporto nova-iorquino John F. Kennedy, quando estava dentro de um avião pronto para viajar a Paris, depois de ser denunciado pela camareira do hotel em que estava hospedado. Segundo a funcionária, o então diretor-gerente do FMI teria abusado sexualmente dela.

Pressionado em meio às denúncias e a sua prisão, ele acabou renunciando ao cargo no organismo internacional em maio.

O ex-diretor-gerente do FMI passou quase uma semana na cadeia, seis semanas em prisão domiciliar e dois meses impedido de sair dos EUA até que no último dia 23 de agosto o juiz Michael Obus, da Suprema Corte de Manhattan, anunciou o fim do processo criminal.

A decisão de Obus foi tomada atendendo a um pedido da promotoria, que havia apresentado um documento descrevendo mentiras e inconsistências no depoimento da camareira.

Antes do escândalo, o diretor do FMI era o candidato favorito às eleições para presidente da França, que ocorrem no ano que vem.

SARKOZY

A aprovação popular ao presidente da França, Nicolas Sarkozy, atingiu seu maior nível em 12 meses, mas ele continua sendo malvisto por uma grande maioria, num mau prenúncio para sua candidatura à reeleição em 2012, segundo uma pesquisa divulgada na terça-feira.

A taxa de aprovação do presidente, que caiu a 30% em abril, subiu para 37% no início de setembro, segundo a pesquisa do instituto Ifop para o semanário "Paris-Match".

Nas pesquisas eleitorais, o presidente conservador aparece atrás de todos os pré-candidatos socialistas, especialmente do deputado François Hollande.

A alta na aprovação ao presidente reflete, em parte, as imagens dos últimos meses em que ele apareceu numa praia junto com a mulher, Carla Bruni, que está grávida. No mesmo período, os socialistas foram afetados negativamente pelas acusações de estupro envolvendo um dos seus principais nomes, Dominique Strauss-Kahn.

A pesquisa do Ifop aponta também uma melhora na avaliação da política externa de Sarkozy, sugerindo que ele está colhendo os frutos do apoio que deu aos rebeldes líbios que derrubaram o regime de Muammar Gaddafi.

O percentual de entrevistados que acha que Sarkozy defende os interesses da França no exterior subiu de 69% em julho para 72%.

A pesquisa ouviu 1.100 pessoas com idade para votar, nos dias 1º e 2 de setembro.






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