Chefe da segurança de Gaddafi é preso na Líbia, diz agência
O chefe da organização de segurança externa de Muammar Gaddafi, Bouzaid Dorda, foi preso por combatentes anti-Gaddafi, disseram testemunhas à Reuters neste domingo (11).
Dorda, chefe do serviço de inteligência estrangeira de Gaddafi, será entregue ao conselho interino da Líbia ainda hoje, disse um combatente rebelde.
Uma equipe de jornalistas da Reuters visitou uma casa no distrito de Zenata, na capital Trípoli, onde Dorda, ex-primeiro-ministro, estava sob custódia de membros de uma unidade de combatentes anti-Gaddafi, que se denominam Brigadas do Mártir Abdelati Ghaddour.
Dorda era mantido no subsolo de uma casa particular, cuja segurança era realizada por cerca de 20 combatentes.
Dorda assumiu seu posto em maio após seu antecessor, Moussa Koussa, desertar do governo de Gaddafi.
Ele está sob restrições de viagem impostas por sanção aprovada em resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) em fevereiro.
Dorda é mais uma de várias autoridades do ex-regime líbio a serem detidas desde que Trípoli foi tomada por forças anti-Gaddafi no mês passado. O ministro de Relações Exteriores de Gaddafi, Abdelati Obeidi, foi preso em 31 de agosto em um subúrbio de Trípoli)
AVANÇO
Neste domingo, os rebeldes oposicionistas líbios receberam um reforço de combatentes na batalha para capturar a cidade desértica de Bani Walid, ainda controlada pelos homens do ditador Muammar Gaddafi.
Tropas de Gaddafi com foguetes e morteiros contiveram combatentes locais que tentavam ir em direção aos subúrbios norte de Bani Walid, que fica 150 quilômetros a sudeste de Trípoli.
Muitos soldados não uniformizados e combatentes com experiência do CTN (Conselho de Transição Nacional) reforçaram seus colegas, que encontraram grande resistência das forças de Gaddafi desde a sexta-feira.
"Sou um soldado do Exército líbio desde a década de 1980. Eu tenho um pouco mais de experiência do que esse garotos locais," afirmou um combatente que acabara de chegar, Omar Swaid, um motorista de caminhão do Kansas.
"Eles são ótimos, muito entusiasmados, mas não sabem lutar. Vamos ajudá-los. As forças de Gaddafi, alguns querem se render. Espero que este seja o último combate. Não quero mais ver sangue," afirmou, com um amplo sotaque americano.
Aviões da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) novamente estavam patrulhando os céus após lançar vários ataques aéreos no dia anterior.
"Na vizinhança de Bani Walid, havia um lança-foguetes que destruímos," afirmou à Reuters uma autoridade da Otan, em Bruxelas, neste domingo. Em comunicado, a organização disse que seus aviões atingiram um tanque e dois veículos blindados na região.
Ibrahim Bakkar, um combatente de 20 anos e que estava próximo a Bani Walid, disse: "A Otan jogou muitas bombas ontem, atingindo lança-foguetes. Isso realmente está nos ajudando. Quando entrarmos na cidade, a Otan deve nos dar mais proteção dos céus."
O plano original era de os locais entrarem na cidade de 100 mil habitantes para tranquilizar a população e convencer os homens leais a Gaddafi a deixarem as armas e permanecer dentro de casa.
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