União Europeia elogia medidas da Grécia; premiê rejeita saída do bloco
O comissário europeu para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, elogiou as novas medidas econômicas anunciadas neste domingo (11) pela Grécia para enfrentar a crise da dívida, incluindo um novo imposto sobre imóveis destinado a arrecadar cerca de 2 bilhões de euros.
"As decisões de hoje, incluindo o imposto sobre imóveis, irão percorrer um longo caminho no cumprimento das metas fiscais," disse Rehn em comunicado.
Inspetores da União Europeia, do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu retornarão à Atenas nos próximos dias para analisar os progressos do governo no cumprimento das suas metas fiscais, disse Rehn, com o objetivo de concluir o seu trabalho até o final de setembro.
A Grécia anunciou hoje um novo imposto sobre o setor imobiliário, para contrabalançar sua fraqueza fiscal e alcançar a meta de deficit desde ano, informou o ministro das Finanças após uma reunião do governo.
"É um imposto especial sobre o setor imobiliário, que será coletado por meio das contas de energia elétrica", disse Evangelos Venizelos a jornalistas.
Venizelos anunciou que as medidas de ajuste suplementares ao orçamento de 2011 chegarão a 2 bilhões de euros e visam a evitar a deterioração das contas públicas, como exigiram o FMI e a UE para manter suas ajudas ao país.
MOEDA ÚNICA
Hoje, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, rejeitou a possibilidade de o país ter de sair da zona do euro e afirmou que essa especulação poderia criar um efeito dominó no bloco da moeda única.
"Estes cenários não são sérios... uma saída do euro iria criar um efeito dominó que levaria à dissolução da zona do euro", disse o primeiro-ministro, George Papandreou, em entrevista coletiva.
"O euro é importante, não apenas por razões económicas, mas para a coesão política da Europa", acrescentou.
ELEIÇÕES
Papandreou também descartou novas eleições, e disse continuar determinado em lutar a batalha para poupar o país da moratória com medidas como um novo imposto sobre o setor imobiliário anunciado mais cedo.
"Este não é o momento para novas eleições. É o memo para batalhar", disse ele em entrevista coletiva, depois de seu ministro das Finanças anunciar um novo imposto que deve render 2 bilhões de euros.
"Esta situação é similar a estar em uma guerra, e eu estou pedindo ao povo grego dinheiro para comprar armas."
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