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Sexta - 09 de Setembro de 2011 às 08:36
Por: ANA ROSA FAGUNDES

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O presidente da Agecopa, Eder Moraes, alegou que o clima é insustentável e não tem como trabalhar junto com Carlos Brito
O presidente da Agecopa, Eder Moraes, alegou que o clima é insustentável e não tem como trabalhar junto com Carlos Brito
O presidente da Agência de Execução dos Projetos da Copa do Mundo (Agecopa), Eder Moraes, encaminha hoje, formalmente, para o governador Silval Barbosa (PMBD) o pedido de desligamento do diretor Carlos Brito da Agência. Entre os argumentos para o pedido está a insubordinação de Brito ao presidente e ao próprio Silval por contestar a decisão de governo de implantar o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande.

Com o pedido em mãos, Silval, caso decida pelo desligamento de Brito, encaminhará a decisão à Assembleia Legislativa. No legislativo, para que haja de fato a demissão do diretor, é preciso a aprovação de pelo menos 2/3 dos deputados.

Apesar de todo esse trâmite burocrático, o próprio presidente Eder Moraes admite que o “clima está insustentável”. “Não há clima para continuar trabalhando juntos. Esse evento que custa milhões vai mudar a vida das pessoas, a cara de Mato Grosso. Assumimos a bandeira do VLT e ele [Brito] se manifestou contra as diretrizes do governo. Por isso, como presidente da Agecopa, vou encaminhar o pedido de desligamento dele ao governador”, disse Eder Moraes.

Silval não vai se reunir em conjunto com o presidente e o diretor. Ontem, inclusive, Eder estava em Brasília para tratar de assuntos da Copa no governo federal. Brito trabalhou na Agecopa.

O embate público entre Eder e Brito aconteceu na sexta-feira passada, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa para debater os modais de transportes VLT e BRT (Bus Rapid Transit). Brito colocou em xeque as informações do governo e Agecopa sobre o VLT e disse que o dinheiro que poderia custear setores como educação, saúde ou segurança pública.

No entanto, a briga entre os dois não é recente. Desde que Eder assumiu a presidência da Agecopa, em maio deste ano, o clima pesado entre os dois é conhecido. Ambos já até fizeram as pazes em público depois da notícia de uma discussão.

Brito, que está na diretoria de Infraestrutura da Agecopa desde a criação da autarquia, em 2009, defendia o BRT como novo sistema de transporte a ser adotado em Cuiabá e Várzea Grande para a Copa. Esse modelo foi escolhido quando o senador Blairo Maggi (PR) ainda era governador. Mas no começo deste ano o governador Silval Barbosa (PMDB) resolveu mudar para um sistema mais moderno.

Eder Moraes admite que não foi a primeira vez que o clima pesou entre os dois por causa da “insubordinação” de Brito. O problema mais grave no ultimo embate foi que o diretor colocou em dúvida a informação do projeto do VLT orçado em R$ 1,1 bilhão. O presidente explicou que nesse valor está incluso uma série de intervenções necessárias e que isso justifica o valor. “Ele sabe que o projeto contempla várias intervenções, mas deu uma de desentendido para jogar com a população. Ele afrontou o presidente da Agência e colocou em xeque minhas informações sobre o projeto. O clima está insustentável e por isso vou pedir o desligamento dele até hoje, depois a cabe ao governador apreciar meu pedido e fazer o que quiser, tomar as providências que achar melhor”, disse Eder.

Brito foi procurado para falar sobre o assunto, mas disse que não quer se manifestar no momento.




Fonte: Do DC

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