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Policia MT
Domingo - 06 de Outubro de 2013 às 19:58

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Erisvaldo Alves está desaparecido desde julho (Foto: Arquivo pessoal)
Erisvaldo Alves está desaparecido desde julho (Foto: Arquivo pessoal)

Desde o mês de julho deste ano, a família de Erisvaldo Rodrigues Alves, de 17 anos, está à procura do adolescente que, segundo a mãe dele, desapareceu após ser visto, pela última vez, em um carro da Polícia Militar. Após o desaparecimento, a Polícia Civil da região abriu inquérito para apurar o caso, mas até não encontrou nenhuma pista do paradeiro de Erisvaldo, que era usuário de drogas e tinha passagens na polícia por furto e tráfico de drogas.

Responsável pelas investigações do caso, o delegado Rafael Fossari disse ao G1 neste domingo (6) que nenhuma hipótese apresentada pela família e testemunhas está sendo descartada durante o processo de investigação. Segundo ele, os policiais militares que estavam de plantão no dia 29 de julho, data do desaparecimento, foram ouvidos e, em depoimento, alegaram ter preso um rapaz com as características semelhantes a de Erisvaldo.
 

"Eles [policiais] falaram que quem tinha sido preso era outra pessoa parecida. Disseram que pegaram esse rapaz que estava perambulando na rua e o levaram para a família. Já ouvimos a família desse rapaz e o próprio rapaz, que confirmaram a versão dos policiais. Porém, ainda não descartamos nada até que o caso seja solucionado", disse o delegado, ao argumentar que atpe agora nada foi provado contra os três PMs plantonistas e nem contra outros dois possíveis suspeitos apontados pela família do adolescente.

Erisvaldo ainda não é dado como morto, já que o corpo ainda não foi localizado. Porém, na avaliação do delegado, é possível que ele esteja morto, porque não costumava sair de casa, tão menos sem avisar a família. "Era um menino que cresceu ali na cidade [de Poxoréu] e não tinha costume de sair e ficar fora tanto tempo, mas, como o corpo não foi encontrado, ainda tratamos como desaparecimento", pontuou.

Por último, a família apresentou mais dois suspeitos que poderiam ter interesse em matar o adolescente. Essas informações ainda deverão ser averiguadas pela polícia.

O irmão de Erisvaldo, Gleidson Natal Alves Borges, se disse indignado com a versão apresentada pelos policiais, já que a mãe teria visto o adolescente no carro da PM. "A minha mãe o viu na viatura, só que, como só ela que viu, fica as palavras dela contra a dos policiais. Ela jamais sairia falando uma coisa dessas. Ela falou isso porque tinha certeza", declarou. Ele contou que, no dia que o irmão desapareceu, a irmã foi até ele informando sobre o sumiço e, no mesmo instante, foi até a base da Polícia Militar.

"Não tinha ninguém no destacamento da PM, bati palma, não apareceu ninguém, voltei para casa e depois de uma hora, mais ou menos, fui lá de novo, mas ainda não tinha ninguém. Fui lá umas seis vezes naquela noite e não encontrei ninguém. Por que a viatura da polícia sumiu no mesmo dia que o meu irmão sumiu?", indagou. Outro argumento dele é o fato de o irmão não ter reagido à abordagem. "Se fossem outras pessoas, ele teria corrido, reagido, e teriam atirado nele, mas se fosse abordado pela polícia ele não teria reagido", avaliou.

Em uma carta escrita à mão, a mãe de Erisvaldo, Maria Luíza Alves dos Santos, confirmou ter visto o filho no carro da polícia no mesmo dia do desaparecimento. Ela alegou ainda estar sofrendo ameaças após as denúncias. "Estou sofrendo ameaças, já jogaram pedras na minha casa. Queremos Justiça, primeiramente de Deus, e depois de vocês aqui na terra", disse em um texto para a imprensa.





Fonte: Do G1 MT

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