O programa do Ministério do Desenvolvimento Social Benefício de Prestação Continuada no Trabalho (BPC), que tem como objetivo inserir pessoas com deficiência entre 16 e 45 anos no mercado de trabalho, será levado também para João Pessoa, Porto Alegre, Recife, Belém, Campo Grande, Teresina, Fortaleza e Curitiba.
A ampliação foi definida por conta dos bons resultados obtidos pelos projetos-piloto em São Paulo e Santo André, onde vem sendo realizado desde 2010. A meta do MDS é expandir para todas as capitais e grandes cidades o projeto, que tem cooperação da Federação Nacional das Associações para Valorização das Pessoas com Deficiência (Fenavape).
De acordo com a secretária nacional de Assistência Social do ministério, Denise Colin, a escolha das cidades para a expansão se baseou na estrutura para execução das ações do projeto. "Identificamos as capitais com bom aporte nas políticas de saúde, educação e assistência social, empresários e comércio (para absorção de mão de obra) e entidades que atendam pessoas com deficiência".
O BPC Trabalho funciona com visitas domiciliares às pessoas com deficiência desempregadas. Por meio dela é feito um diagnóstico social e o encaminhamento aos serviços da assistência social. Com apoio das entidades socioassistenciais, aqueles que recebem o Benefício da Prestação Continuada são avaliados quanto ao potencial de trabalho, e suas demandas são identificadas para inserção profissional. Em São Paulo, foram visitadas cerca de 500 famílias, e em Santo André, 300.
A proposta do projeto é atender principalmente beneficiários com dificuldade de superar as barreiras de acesso ao trabalho e à qualificação profissional devido às suas limitações. "O BPC Trabalho abre essa porta para que a pessoa saia do benefício e se engaje no mercado de trabalho, se torne cada dia mais autônoma e alcance a cidadania. É a evolução", diz o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos, Antônio José Ferreira, que é deficiente visual.
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