Polícia Civil vai promover mutirões para colocar em dias inquéritos policiais
A Polícia Judiciária Civil vai promover mutirões para agilizar investigações de inquéritos policiais prejudicados com a paralisação dos investigadores e escrivães de polícia. A Instituição já determinou as Diretorias de Interior, Metropolitana e Atividades Especiais levantamentos nas delegacias para saber a real demanda de inquéritos acumulados nas unidades policiais de todo o Estado de Mato Grosso.
Em entrevista ao MTTV 1ª Edição, da TV Centro América, nesta terça-feira (06.09), o delegado geral da Polícia Civil, Paulo Rubens Vilela, disse que os mutirões serão realizados na Capital e no Interior para recuperar os 66 dias de greve dos investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil. “Na verdade temos instaurados neste ano 14 mil inquéritos policiais e concluídos 13 mil. Acontece que há inquéritos policiais remanescentes. Será feito um levantamento, primeiro, para definir o número de inquérito e a realização do mutirão”, disse Vilela.
O delegado geral disse que a sociedade não ficará sem respostas, principalmente nos crimes de maior repercussão como o assassinato do jornalista Auro Ida, dos prefeitos de Nova Canaã do Norte, Luiz Cesar de Castro, e Novo Santo Antônio, Valdemir Antônio da Silva e outros assassinatos que ocorreram neste ano. “Esses casos não pararam e as famílias podem acreditar que o trabalho está sendo feito e as investigações, que já iniciaram continuarão”, afirmou o chefe da Polícia Civil.
Conforme Paulo Viela, também serão priorizados nas investigações os roubos a bancos, arrombamentos de caixas eletrônicos, roubo/furtos de veículos e tráfico de drogas. “Nos temos que levar em consideração que o inquérito policial quando já tem a materialidade, a autoria é mais fácil de ser finalizado. Mas há casos complexos que necessitam de perícias, representação em juízo e isso acarreta um tempo maior de investigação”, analisa.
Outra medida que vem sendo estuda pela direção da Polícia Civil é reabertura da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) da Capital, que deve entrar em funcionamento nos próximos 30 dias. A unidade vai centralizar as investigações de crimes contra o patrimônio (roubo, furto e receptação) e atuar em cima de grupos que vêm praticando esses delitos em Cuiabá.
Vilela também orientou as pessoas que deixaram de fazer o registro de boletim de ocorrência no período da greve, a procurar uma delegacia para formalizar a comunicação. “Todo cidadão deve procurar uma delegacia e fazer o registro mesmo que passado dias do crime”, orientou.
“A greve terminou, o trabalho nas unidades foram retomados imediatamente. Vamos começar o mutirão e estabelecer metas para o cumprimento, de maneira que não temos que esperar, temos que atuar”, finalizou o delegado geral Paulo Rubens Vilela.
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