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Saúde
Terça - 06 de Setembro de 2011 às 16:56

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O Ministério da Saúde começou, nesta terça-feira (6), a realização de testes rápidos para a detecção do vírus HIV entre indígenas do Mato Grosso. A primeira aldeia visitada pelas equipes de saúde, coordenadas pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, é a de Umutina, a cerca de 200 quilômetros da capital. A expectativa é que sejam realizados hoje aproximadamente 300 exames entre os índios em idade fértil da aldeia de Umutina, atendida pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Cuiabá.

Poucas gotas de sangue são suficientes para um diagnóstico confiável em até 30 minutos e na própria aldeia. “Possibilitar o acesso dos indígenas que vivem em áreas remotas a exames como esse, sem que eles tenham de sair da comunidade, representa um grande ganho para a qualidade de vida destes povos”, destaca o secretário especial de Saúde Indígena, Antônio Alves. Anteriormente, os índios precisavam ser removidos a áreas urbanas para fazer a coleta de sangue e aguardar 15 dias para receberem os resultados dos testes.

Além da realização da coleta e do exame, os profissionais de saúde são capacitados para orientarem os indígenas sobre a importância dos testes. Nos próximos meses, testes rápidos de sífilis e hepatites B e C serão realizados em 10 etnias do DSEI de Cuiabá, localizadas em 16 municípios do estado que abrangem uma área de dois milhões e 300 mil hectares de terras, onde vivem cerca de 6,5 mil indígenas. “Esse trabalho é parte da atenção integral à saúde indígena, que é executada respeitando-se as especificidades de cada um dos 220 povos que habitam o território nacional”, explica o secretário Antônio Alves.

A nova tecnologia e os procedimentos para os testes rápidos são validados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e podem ser realizados, sem perda de eficácia, até mesmo em condições adversas, como em áreas onde a temperatura ou a umidade são elevadas.

TRATAMENTO – Em caso de diagnóstico positivo para HIV e hepatites virais, os pacientes são removidos para os municípios de referência e assistidos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Já o tratamento para sífilis começa imediatamente após a confirmação do diagnóstico e é realizado na aldeia.
 
O SISTEMA – O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) é a unidade descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Este subsistema é formado por 34 DSEIs, em todo o país. Destes, nove já fazem os testes rápidos de HIV e sífilis e estão capacitados para realizar os testes de hepatites B e C, nos próximos meses.
 
No Amazonas e em Roraima, mais de 45 mil índios que vivem em aldeias remotas ou em localidades de difícil acesso (aproximadamente 55% da população indígena dos dois estados) já fizeram estes tipos de exames nos DSEIs de Alto Solimões, com sede em Tabatinga (AM); Alto Rio Negro, com sede em São Gabriel da Cachoeira (AM); Manaus (AM); Parintins (AM); Médio Rio Purus, com sede em Lábrea (AM); Médio Solimões, com sede em Tefé (AM); Vale do Javari, com sede em Atalaia do Norte (AM) e Leste Roraima e Yanomami, ambos com sede em Boa Vista (RR).





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