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Economia
Terça - 06 de Setembro de 2011 às 07:42

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O nervosismo com o cenário global se combinou ao parco volume de negócios na sessão de ontem para puxar os preços da moeda americana já pelo quarto dia consecutivo.

Após variar entre R$ 1,660 e R$ 1,647, o dólar comercial foi negociado por R$ 1,650 nas últimas operações de ontem, em um aumento de 0,85% sobre a cotação final de sexta. Desde o dia 30 (data da última queda), as taxas subiram quase 4%. Trata-se da maior cotação desde 29 de março. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,760 e comprado por R$ 1,590 nas casas de câmbio paulistas.

Ao longo do pregão, a Bovespa chegou a recuar quase 3% e próximo ao horário de fechamento registrava queda de 2,6%, na marca dos 55.038 pontos, com um giro bastante estreito de negócios: apenas R$ 3 bilhões (metade do volume regular).

Sem a referência dos mercados nos EUA, fechados devido a um feriado local, poucos agentes financeiros fecharam operações ontem: pela referência do mercado de dólar à vista na BM&F, o giro financeiro foi mal atingiu US$ 1 bilhão (dado preliminar), bem abaixo da faixa de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões registrados diariamente.

Com esse pano de fundo, e com o desabamento das Bolsas europeias (somente o mercado alemão derreteu 5,27%), boa parte optou por correr para o dólar, habitual refúgio em momentos de incerteza.

A economia americana deu um susto nos mercados na semana passada, mostrando uma geração nula de empregos em agosto. A partir de hoje, investidores e analistas terão uma nova rodada de indicadores para avaliar, o que se traduz em mau humor e volatilidade nesta semana.

No mercado futuro de dólar (BM&F), os contratos que carregam as projeções para outubro e novembro já apontam para taxas entre R$ 1,66 e R$ 1,67. "Resta saber se o dólar vai permanecer nesses preços", comenta Carlos Alberto Postigo, Carlos Alberto Postigo, gerente do Banco Paulista para o segmento de dólar turismo.

Ele chama a atenção para a instabilidade dos ativos, num momento de incerteza sobre os rumos da economia mundial: "o euro caiu de US$ 1,45 para US$ 1,41 da semana passada, quase que sem motivo. Para mim, parece que o mercado está sem direção", acrescenta.Outro fator que gera ansiedade é a divulgação da ata do Copom, prevista para quinta-feira. Por meio desse documento, o Banco Central brasileiro deve detalhar os motivos que levaram à brusca redução dos juros de 12,50% para 12%, contrariando as previsões de nove entre dez economistas do setor financeiro.




Fonte: Do DC

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