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Terça - 06 de Setembro de 2011 às 00:14

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A oitiva do vereador e ex-presidente Gerson Frâncio, o "Jaburu" (PSB) do parlamentar que durou cerca de nove horas e aconteceu a portas fechadas na Câmara de Sorriso. Ele negou todas as acusações sobre o pedido de propina em troca de apoio ao prefeito de Sorriso ( 420 km ao norte de Cuiabá) Chicão Bedin. O advogado do parlamentar, Rogério Ferreira da Silva, afirmou que se houver uma análise técnica sobre todo o assunto, Jaburu será absolvido das acusações. "O vereador confirmou o depoimento das testemunhas de defesa. Nós estamos tranquilos quanto a isto, se o julgamento for técnico, com certeza ele será absolvido. Porém, como é um julgamento político, os vereadores vão proceder o voto politicamente", resumiu o advogado.
 
"A prisão está clara, foi uma armação com alguns membros do executivo, com suplentes de vereadores que forjaram as denúncias de ameaça. Baseado nisso e nas gravações que eles tinham saiu a prisão, mas ele foi preso pelas supostas ameaças, que foram provadas que nunca existiu, pelo contrário, após isso tentaram novamente armar contra o vereador Gerson, mas isto tudo já está esclarecido", disse Rogério.
 
De acordo com o relator da Comissão de Ética da Câmara de Sorriso, João de Matos, o procedimento agora será abrir um prazo de sete dias para que a defesa dos três vereadores apresente as defesas por escrito. Encerrado este prazo, dentro de cinco dias a comissão espera finalizar os trabalhos do relatório sobre o caso. O relator espera apresentar o relatório final aos demais parlamentares, em sessão legislativa, do dia 19 ou 26 ainda deste mês para votação. O documento pode pedir ou não a cassação dos vereadores envolvidos no caso. Mas isto ainda tem que ser votado em plenário.
 
O vereador respondeu perguntas do relator João Matos e do presidente Paulo da Farmácia. Um dos pontos mais questionados foi sobre ter citado, nas conversas que foram gravadas, os vereadores Chagas Abrantes e Roseane Marques, que supostamente iriam apoiar o prefeito, no legislativo, em troca de apoio na câmara. Disse que, em alguns contatos, falou em nome dos demais sem o consentimento deles. Sobre o pedido de dar uma casa popular para a vereador Roseane Marques, Jaburu alegou que pronunciou a frase como "brincadeira".  Ele manteve a linha de defesa que estava investigando o prefeito Chicão Bedin e conversava sobre dinheiro em troca de votos para "buscar provas" que haveria irregularidades na prefeitura.
 
Após uma interrupção, no horário do almoço, a sessão reiniciou com o advogado de Jaburu fazendo a defesa do vereador. 
 
Chagas e Roseane depuseram na Comissão de Ética, mês passado, e negaram todas as acusações. Disseram também que Jaburu não tinha autorização para falar em seus nomes nas conversar que teve com o prefeito e secretários. Os 3 vereadores continuam afastados de suas funções (há mais de 40 dias) por decisão da justiça de Sorriso. Eles recorreram e aguardam julgamento para tentar reassumir.





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