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Educação/Vestibular
Segunda - 05 de Setembro de 2011 às 23:30
Por: Tauana Schmidt

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Em uma última tentativa de conseguir melhorias para a instituição, alunos da Escola Estadual São Vicente de Paula, no bairro São Cristóvão de Sinop, recorreram ao Ministério Público Estadual (MPE) e aos vereadores do município, para que o laboratório de informática seja concluído e os condicionadores de ar instalados nas salas de aula.

Na sexta-feira (2) a tarde, cerca de 100 alunos do curso técnico de Administração do programa de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Emiep) da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), foram à Câmara de Vereadores para entregar um documento cobrando ações dos parlamentares no sentido de viabilizar as melhorias de infraestrutura necessárias para a continuidade do curso.

Antes, os alunos entregaram no MPE um abaixo assinado cobrando a conclusão do laboratório de informática, que, segundo eles, devia ter sido entregue no fim do ano passado; a reparação da rede elétrica da escola e dos aparelhos de ar condicionado; e a ampliação do refeitório.

Hoje, cinco turmas estão em andamento no curso técnico, sendo duas ainda no primeiro ano, duas no segundo ano e uma no terceiro ano, a qual se formará no fim de 2012 e, segundo a coordenadora Pedagógica da Escola, Mariza Sauer, sequer terão aulas práticas de administração, “caso o laboratório não seja concluído”. “Inclusive, tivemos que fechar uma turma esse ano, porque muitos alunos desistiram do curso. Entre outras razões, a falta do laboratório foi o motivo. Tivemos muitas desistências, pois o Governo do Estado fez muitas promessas, mas não as cumpriu”, reclamou a coordenadora.

Uma das representantes dos alunos, aluna do terceiro ano do curso, Juliana Gomes, reclama não poder ter aulas práticas do curso. “Como vamos poder trabalhar depois de formados se não tivermos aulas práticas. Estaremos desqualificados para o mercado”.

“Daqui a pouco, formamos sem o laboratório de informática. Um absurdo, em qualquer escola tem que ter laboratório, principalmente para um curso técnico como esse, que utiliza muito o computador e a internet”, reclama outra aluna, Rayssa da Costa.

No documento entregue ao presidente da Câmara de Vereadores, Remídio Kuntz, os alunos explicam que “a rede elétrica na escola não comporta a demanda necessária ao bom funcionamento dos aparelhos que são utilizados, que constantemente queimam. Inclusive, os condicionadores de ar entregues há dois anos, não podem ser ligados. A escola está tendo muitas despesas com lâmpadas e ventiladores queimados, que deveriam ser utilizados para benefício dos alunos. A reforma da rede elétrica é imprescindível para a melhora da qualidade do ensino”.

“Sem contar o calor que é durante o dia. É sufocante estudar, não temos qualidade de vida dentro das salas de aula”, pragueja a aluna Juliana Gomes.

Sobre o refeitório, o documento entregue à Câmara cita que ele é pequeno, com 65 m² apenas, espaço que não comporta, sequer, um terço dos 500 alunos por período letivo. “A maioria dos alunos acabam se alimentando no relento, sob o calor do sol e, muitas vezes, sob a chuva”, diz trecho.

VEREADORES GARANTEM INTERMEDIAR SOLUÇÃO

Durante a reunião com os alunos, o presidente da Câmara de Vereadores de Sinop, Remídio Kuntz, o vice-presidente, Ademir Bortoli, e o secretário Municipal de Governo, Ivanildo Ramos, se comprometeram a intermediar uma solução para o problema enfrentado pelos alunos, junto ao Governo do Estado.

A primeira sugestão foi para que os alunos se reunissem em um grupo para cobrar diretamente do governador Silval Barbosa, que estaria ontem em Sinop, em agenda da comitiva ‘Rota Integração’, que percorrerá a BR-163 de Cuiabá a Santarém (PA). “Nós, vereadores, não temos o poder de solucionar diretamente esse problema, porque não executamos nada, para podemos cobrar. Se depois dessa reunião direta com o governador [ontem] não avançar, vamos diretamente a Cuiabá para resolver essa situação”, garantiu o presidente.

Bortoli salientou que além dessas cobranças dos alunos da Escola São Vicente de Paula, outras já foram feitas ao Estado, que, segundo ele, não deu retorno. “A secretária [Estadual] de Educação [Rosa Neide Sandes] só mente para nós. Sempre que vamos lá, levamos ofício, fazemos cobranças, ela diz que vai fazer, vai fazer, ‘para julho’, ‘pra agosto’, e nada. Nunca cumpriu um compromisso”, denuncia o vereador.

O novo secretário de Governo, que assumiu a vaga deixada por Mauro Rodrigues de Lima (que assumiu a pasta da Saúde), ainda na semana passada, Ivanildo Ramos, também se comprometeu a buscar a solução para a unidade escolar. “O que vocês estão pedindo é o mínimo. Enquanto muitos não querem estudar, vocês fazem exatamente o contrário, buscam seus direitos para terem melhores condições para estudar. Acredito que, reclamando direto com o governador, é um caso para analisar a demissão do coordenador da Assessoria Pedagógica de Sinop. E não só por essa situação de vocês [Escola São Vicente], mas de todas as outras unidades do Estado que estão esquecidas em Sinop”, salientou.

Conforme dados de julho desse ano da Gerência de Ensino Médio Integrado da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), a implantação do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Emiep) em Mato Grosso começou em 2007 e, hoje, o Estado oferta dez cursos nas áreas de informática, administração, vendas, comércio, meio ambiente, agroecologia (para escolas indígenas, do campo e quilombola), secretariado, serviços de restaurante e bar e hotelaria. Até julho eram 82 cursos em funcionamento.

O Emiep é fomentado por meio do programa Brasil Profissionalizado e já atende 24 estados brasileiros. Para o ano que vem, em Sinop também deve ser ofertado o curso técnico em vendas






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