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Internacional
Segunda - 05 de Setembro de 2011 às 17:50

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O CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político dos rebeldes da rebelião líbia com sede em Benghazi, vai se mudar para Trípoli apenas depois da libertação de todo o território, afirmou nesta segunda-feira o vice-presidente do CNT, Abdel Hafiz Ghoga.

Mustafá Abdul Jalil, presidente do CNT, tinha anunciado na sexta-feira que o governo se mudaria "na próxima semana" para Trípoli, agora sob o poder dos novos líderes do país.

"Depois do anúncio da libertação, talvez haja uma aparição simbólica de alguns membros do CNT em Trípoli, ou do próprio presidente do Conselho, mas isso não significará a transferência do CNT", respondeu Ghoga nesta segunda-feira ao ser questionado se o CNT se mudaria esta semana, como anunciado.

"Isso acontecerá após a notícia da libertação de todo o território líbio, Sebha, Sirte e Bani Alid", repetiu fazendo referência aos redutos pró-Gaddafi.

"Nós iremos a Trípoli na próxima semana. Trípoli é nossa capital", declarou Abdul Jalil diante dos líderes tribais e militares de Benghazi na sexta-feira.

As autoridades de transição já haviam anunciado no dia 26 de agosto, três dias depois da tomada do quartel general de Muammar Gaddafi no centro da capital, a transferência progressiva do poder executivo, equivalente ao governo.

Contudo, afirmaram que todo o CNT, e em particular seu presidente, só se mudarão depois que todas as condições forem atendidas, principalmente no plano da segurança.

No sábado (3), em Benghazi, Mustafa Abdul Jalil, presidente do CNT, reiterou um ultimato para as forças pró-Gaddafi deporem as armas, citando as cidades de Sirte, Bani Walid, Al Khufra e Sebha, até o dia 10 de setembro.

Atualmente, a maior parte dos membros do comitê executivo está em Trípoli, enquanto muitos membros do CNT, incluindo Abdul Jalil, ainda não foram à capital depois da instalação do CNT em Benghazi.

BANI WALID

Forças rebeldes da Líbia aguardam nesta segunda-feira ordens para invadir as cidades de Bani Walid e Sirte, dois dos últimos redutos leais ao ditador Muammar Gaddafi, ao mesmo tempo em que negociações para uma saída pacífica recomeçam.

Segundo a rede Al Jazeera, combatentes do CNT (Conselho Nacional de Transição, órgão político dos rebeldes) trocaram tiros com forças leais a Gaddafi e esperavam para um avanço final a Bani Walid, localizada a 150 km de Trípoli, e à zona litorânea de Sirte, terra natal de Gaddafi.

Dois filhos do ditador líbio que se escondiam em Bani Walid até sábado (3) fugiram da região, de acordo com o líder do CNT, Mustafa Abdul Jalil. De acordo com informações que deu à emissora britânica BBC, os irmãos Saif Islam e Mutassim Gaddafi estavam bloqueando os avanços das negociações pela rendição da cidade.

Com isso, as conversas recomeçaram, após os rebeldes terem anunciado que um ataque era iminente por conta do fracasso na busca por uma solução pacífica. Segundo Jalil, as negociações continuarão até o prazo limite de sábado (10).

"A porta ainda está aberta para negociações. Nossa oferta continua de pé", disse Mohammed Fassi, comandante das forças do CNT. "A oferta é para que pessoas que cometeram crimes em nome de Gaddafi sejam postas em prisão domiciliar até que um novo governo seja formado. Algumas delas aceitaram isso, mas outras disseram que não."

A Otan, a aliança militar do Ocidente, afirmou que continuará sua missão com ataques aéreos às forças leais ao ditador líbio somente enquanto for necessário "e nenhum minuto a mais". "Quando concluirmos que as ameaças terminaram, colocaremos um fim nas operações", disse Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da aliança.






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