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Nacional
Domingo - 06 de Outubro de 2013 às 10:10

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Os dez PMs acusados de matar o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza na favela da Rocinha, no Rio, passaram a primeira noite na unidade prisional da corporação.

Os dez PMs se apresentaram nesta sexta (4) à noite e já estão presos na unidade prisional da Polícia Militar. São o ex-comandante da UPP da Rocinha, Major Edson Santos, o ex-subcomandante, tenente Medeiros, o sargento Ribas, e os soldados Vital, Marlon, Jorge Luís, Victor, Maia, Wellington da Silva e Brasil. Todos são acusados de tortura, seguida de morte e ocultação de cadáver. E negam as acusações.

“Não há nenhuma prova conclusiva. Na segunda-feira, eu pretendo fazer um pedido de reconsideração à autoridade judiciária para a revogação da prisão preventiva”, disse o advogado Marcos Espínola.

Amarildo de Souza foi visto pela última vez na noite de 14 de julho. Segundo o comando da UPP, ele foi levado para averiguação. Mas de acordo com a denúncia, o motivo foi outro.

“Nós comprovamos, de forma clara e evidente, que o motivo pelo qual Amarildo seria levado à sede da UPP era para ele fornecer informações sobre drogas e armas”, afirmou a delegada Ellen Souto - presidente do inquérito.

A Justiça autorizou a escuta nos telefones dos indiciados. “Nós flagramos um dos indiciados falando a seguinte expressão para a sua namorada: "eles já sabem o que aconteceu, só não têm como provar”, diz Rivaldo Barbosa, delegado.

Os policiais dizem ainda que a tortura era uma prática entre o grupo. “São 22 depoimentos detalhados, narrando quase que coincidentemente todos os mecanismos utilizados pelo comandados do Major Edson, sempre objetivando informações sobre drogas e armas”, acrescentou Ellen Souto.

“Nós não temos nada a indicar que nenhum participante, nenhum acusado torturou ou Amarildo ou quem quer que seja”, afirma o advogado Saulo Alexandre.

O secretário de Segurança do Rio disse que o caso não compromete o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora. “A polícia entregou estes policiais à disposição da Justiça. Eu acho que isso não enfraquece absolutamente a UPP”, disse José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública- RJ.

A Divisão de Homicídios afirma que não vai encerrar as buscas ao corpo de Amarildo de Souza. Inclusive já marcou para a semana que vem uma operação na tentativa de localizar os restos mortais do pedreiro. Além disso, o material genético de oito corpos não identificados será confrontado com o DNA dos parentes de Amarildo.





Fonte: Do G1

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