A Polícia Civil prendeu na manhã desta segunda-feira quatro PMs suspeitos de participar em ataques a caixas eletrônicos. Além disso, a Corregedoria da Polícia Militar e integrantes da 5ª Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos, do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), cumpriram 11 mandados de busca e apreensão nas casas de 11 policiais militares. As ações fazem parte da Operação Caixa Preta, iniciada há três meses, que já deteve 48 suspeitos.
Os agentes foram presos nos bairros Vila Carrão e São Mateus, na zona leste; Vila Santa Catarina, na zona sul; e no Guarujá (SP), litoral do Estado. As equipes cumpriram mandados de busca e apreensão na capital; em Birigui e Garça, no interior; e nos municípios litorâneos de Guarujá, São Vicente, Itanhaém e Praia Grande.
De acordo com informe oficial da Polícia Militar, os presos são os agentes Carlos Eduardo Pereira Abreu, do 12º BPM/M; Paulo Silas Beltrame, do 12º BPM/M; Leocileno de Oliveira, do 12º BPM/M; e Celso Junior Quaresma Storck, do 3º BPM/M. Todos os suspeitos exerciam atividade operacional e não respondiam por nenhum processo administrativo anterior, segundo a corporação. O Deic acrescentou haver um quinto mandado de prisão contra André Luis Gejuíba Leite, mas o agente não foi localizado.
As investigações começaram com a apuração de dois eventos criminosos, nos quais policiais militares teriam fornecido informações sobre o deslocamento de viaturas e oferecido cobertura ao grupo.
No primeiro, em 26 de abril, foram atacados caixas eletrônicos no Clube Ipê, no Ibirapuera, zona sul da capital. Um vendedor de milho e dois assaltantes morreram e dois PMs foram baleados durante o confronto. No segundo caso, terminais no interior do terminal rodoviário do Jabaquara, também na zona sul. A quadrilha responsável manteve 12 reféns enquanto arrombava os equipamentos.
Após a operação, a Polícia Militar anunciou novas medidas no processo de depuração interna e resultados do trabalho de investigação para a desarticulação de quadrilhas envolvidas nos crimes de furto e roubo a caixas eletrônicos em São Paulo. A corporação reiterou o compromisso de divulgar todos os novos fatos sobre as investigações, desde que não atrapalhem o processo policial.
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