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Nacional
Segunda - 05 de Setembro de 2011 às 10:37

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Numa formação instrumental camerística, servindo de cama para as interpretações algo dramáticas, passeando por um repertório conhecido e para lá de eclético, Ney Matogrosso apresenta seu mais recente trabalho em Cuiabá: Beijo Bandido. O show ocorre no Buffet Leila Malouf, nesta terça-feira, dia 06, a partir das 22h. Uma realização Mario Zeferino Produções e promoção da Centro América FM, o show tem apoio do Getulio, SPA Águas do Manso, Studio Lounge, Marcos Correa Decor e Car Med.

Elegante, graças ao figurino criado pelo amigo Ocimar Versolato que veste como uma luva o corpo enxuto - que em nada parece o de um senhor de 70 anos – o adjetivo também se aplica ao conteúdo artístico, em repertório que vai do elaborado tango de Astor Piazzolla com letra de Geraldo Carneiro ("As ilhas") à balada pop de Herbert Vianna e Paula Toller ("Nada por mim"); de um clássico com letra e música de Vinicius de Moraes ("Medo de amar") ao delicioso pop de Cazuza, Dé e Bebel Gilberto ("Mulher sem razão").

O espetáculo, na estrada desde 2009, ganhou registro em DVD e um novo CD, "Beijo Bandido ao Vivo", lançado neste ano. Sob direção musical de Leandro Braga, que acompanha Ney ao piano, apenas mais três músicos completam o time: Lui Coimbra (cello e violão), Alexandre Casado (violino e bandolim) e Felipe Roseno (percussão).

Ney não se furta a interpretar músicas que se tornaram clássicos nas vozes de divas brasileiras. "Fascinação" - não parece impossível dissociá-la da voz de Elis? - ou "Doce de coco", famosa na interpretação de Elizeth Cardoso, se abrigam de forma tão natural em suas cordas vocais que parecem ter sido escritas para ele. Para esse 21º espetáculo de sua carreira, Ney adotou a plateia como interlocutora das canções. “É como se a plateia fosse a pessoa sobre a qual estou cantando.”

A despeito de seus figurinos exuberantes e performances catárticas serem lembradas e adoradas pelo público (e ninguém está dizendo que elas não podem voltar num próximo espetáculo), Ney consegue ser visceral mesmo mal saindo do lugar e mantendo seu terninho alinhado. Quem não sente um arrepio na espinha quando ele entoa versos como "Não tem coração que esqueça/Não tem ninguém que mereça/Cresça e desapareça" de "Bicho de Sete Cabeças" ou "Em minha casa assombrada/Vi coisas de vida e morte/E coisas de sal e nada" de "As ilhas"?

 

Serviço:

 

Show Beijo Bandido - Ney Matogrosso

 

Terça-feira, dia 06 de setembro de 2011





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