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Nacional
Domingo - 04 de Setembro de 2011 às 22:37

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A Amast (Associação de Moradores de Santa Teresa) quer que o secretário estadual de Transporte do Rio de Janeiro, Júlio Lopes, seja responsabilizado criminalmente pelo acidente com o bonde que matou cinco pessoas e feriu mais de 50, no dia 27. Desde 2006, a entidade denuncia problemas no sistema de bondes no bairro.

Na próxima terça-feira (6), a entidade participará de uma audiência no Ministério Público Estadual para cobrar que as circunstâncias do acidente sejam investigadas. Na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), na quinta-feira (15), proporá uma comissão parlamentar de inquérito (CPI). Segundo os moradores, é preciso punir os responsáveis pelas seguidas tragédias no local.

"Infelizmente, houve a morte da professora Andréa de Jesus (2009) e ninguém foi punido e a morte do turista francês Charles Damien (2011) e ninguém foi indiciado. Achamos que essa cultura de impunidade gerou a situação que permitiu essa tragédia. Queremos por um ponto final nessa esculhambação", disse o diretor da associação, Álvaro Braga, à Agência Brasil.

A associação também não descarta recorrer ao Ministério Público Federal, uma vez que os problemas com o transporte público na cidade são recorrentes. "Para quem não se lembra, são barcas frequentemente à deriva [na Baía de Guanabara], trem que dá partida sem condutor, passageiros chicoteados nas estações [de trem], problemas inúmeros com as integrações do metrô".

Para marcar uma semana do acidente, ontem (3), cerca de 150 pessoas fizeram uma manifestação para lembrar os mortos e defender o motorneiro responsável pelo veículo, que foi desqualificado pelo secretário Júlio Lopes. Os manifestantes carregaram faixas e cartazes com nome das vítimas e refizeram o último trajeto da composição 10, jogando tinta vermelha sobre os trilhos.






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