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Esportes
Domingo - 04 de Setembro de 2011 às 22:25
Por: Vagner Magalhães

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O Brasil chegou ao Mundial de Atletismo de Daegu, na Coreia do Sul, com duas esperanças de pódio. Fabiana Murer, no salto com vara, e Maurren Maggi, no salto em distância. Voltou com uma das metas mais do que cumprida: a primeira medalha de ouro brasileira em um mundial no pescoço de Fabiana. Porém, Maurren teve uma participação, que segundo ela própria, é para se "esquecer". Em três saltos, queimou dois e fez 6,17 m no outro, uma marca mais do que discreta para uma campeã olímpica.

Neste domingo, a última esperança de medalha do Brasil parou em um acidente de percurso, envolvendo as equipes de Brasil e Portugal no 4x100 m masculino. A equipe do Brasil (formada por Diego Cavalcanti, Nílson André, Sandro Viana e Bruno Barros) fazia uma boa prova em sua semifinal até que, na última passagem de bastão, Nílson André chocou seu braço com o português Yazald Nascimento. O brasileiro alega que foi o atleta europeu quem invadiu sua raia, e o português diz o contrário.

Resultado: o Brasil acabou desqualificado porque a troca do bastão ocorreu fora da área demarcada. A equipe terminou com o tempo de 38s48, um centésimo a mais do que a equipe de São Cristóvão e Neves, que acabou indo à final.

Também neste domingo, a equipe brasileira formada por Franciela Krasucki, Vanda Gomes, Ana Cláudia Silva e Rosângela Santos ficou com a oitava e última colocação na final do revezamento 4x100 m feminino do Mundial. Os Estados Unidos travaram uma disputa ferrenha com a Jamaica e conseguiram conquistar o ouro da prova. A Ucrânia completou o pódio.

Na semifinal, o Brasil havia terminado em terceiro lugar em sua bateria, com o tempo de 42s92 - recorde sul-americano. Já na final, as brasileiras pioraram a marca, cravando 43s10.

Resultados tímidos

Em ascensão, Fábio Gomes da Silva não pode se queixar de ter ido à final e concluído a prova do salto com vara na 8ª colocação. Depois de saltar 5,65 m, há sobre ele a expectativa de melhores desempenhos para um futuro próximo, o que pode levá-lo à disputa por medalhas.

Na prova dos 200 m, Bruno Barros também mostrou que pode ir um pouco mais além do que conseguiu em Daegu. Ele foi o sexto colocado na prova vencida pelo jamaicano Usain Bolt, com o tempo de 20s31, em uma disputa em que os quatro primeiros cravaram abaixo dos 20s. Para ir além, ele deixa a Coreia do Sul com planos de poder disputar mais provas internacionais, principalmente entre nos torneios europeus.

"A gente compete no Brasil sempre com os mesmos atletas e isso faz com que a troca de experiências seja menor. Seria interessante ir mais vezes para a Europa, competir com esses caras que estão aqui, ver quais são os pontos fortes e fracos de cada um", disse ele.

Nas outras finais, os resultados foram tímidos. Caio Bonfim não foi além de um 22º lugar na prova dos 20 km de marcha, enquanto seu companheiro Moacir Zimmerman acabou desqualificado. No decatlon, Luiz Alberto de Oliveira ficou com o 16º lugar, ao terminar as dez provas com a soma de 7.902 pontos.

Outra finalista, Keila Costa (salto triplo), terminou a final na 12ª posição, com a melhor marca de 13,72 m. Deixou Daegu com a firme proposição de parar de competir no salto triplo. Ela pretende se dedicar exclusivamente ao salto em distância.

"Preciso ver se vale a pena continuar disputando as duas competições (salto triplo e salto em distância). O salto triplo machuca muito. Minha intenção é passar a disputar somente o salto em distância a partir do ano que vem", disse Keila, que no Mundial de Daegu não conseguiu chegar à final dessa prova.

De acordo com ela, a decisão passará também pela comissão técnica do Brasil. Enquanto não define o futuro, Keila Costa passará por um tratamento intensivo de fisioterapia visando a preparação para o Pan de Guadalajara, dentro de um mês.

Futuro

Fabiana Murer volta a competir já na próxima quinta-feira, quando disputa a Liga de Diamante em Zurique, na Suíça. Chega fortalecida à competição e deixa Daegu sob elogios da comissão técnica brasileira, do consultor e técnico das maiores estrelas do esporte, Vitaly Petrov, e de ninguém menos que o supercampeão do salto com vara Sergei Bubka, para quem a brasileira pode ultrapassar a marca dos 5 m e ficar próximo da maior estrela da atualidade no esporte, a russa Yelena Isinbayeva.

Maurren Maggi retorna ao Brasil para cerca de um mês de @ ýïð< já que será colocada à prova novamente no mês de outubro, em Guadalajara, no México, onde defende o tricampeonato da competição. Ela acredita que a sua participação no Mundial tenha sido um "acidente" de percurso e isso não deve alterar a sua programação até os Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem





Fonte: Terra

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