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Nacional
Sábado - 03 de Setembro de 2011 às 20:04

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O presidente do Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT), Mustafa Abdel Jalil, disse neste sábado que os rebeldes "assediarão" as cidades que permanecem sob controle das forças fiéis ao ditador Muammar Kadafi até que expire o ultimato de uma semana para que entreguem as armas.

Em entrevista coletiva, Abdel Jalil acrescentou que o CNT decidiu permitir a entrada de ajuda humanitária e restabelecer o fornecimento de eletricidade às cidades assediadas, mas que até o momento não recebeu resposta alguma por parte das forças de Kadafi.

Apesar de as negociações estarem em andamento para rendição de Sirte, cidade natal de foragido líbio Muammar Kadafi, Abdel Jalil afirmou que os rebeldes estão fortalecidos. "Podemos entrar em qualquer cidade e levar os rebeldes para qualquer região", afirmou o presidente do CNT, quem em outro ato logo após ressaltou que o desejo da máxima autoridade dos revolucionários é evitar a destruição e proteger a população civil.

Lembrou também que ampliaram em uma semana, até o próximo sábado, o prazo do ultimato para a rendição das localidades de Jafra, Sabha, Sirte e Ben Walid. "Esta ampliação não significa que não estamos acompanhando de perto tudo o que acontece", acrescentou.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli
Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.





Fonte: AFP

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