Cartões demais incomodam o "rei da disciplina"
O juiz mais rigoroso do Brasileiro é do Rio de Janeiro, mas não acredita em escola carioca de arbitragem. E distribui cartões como nenhum outro, mesmo achando que isso é um problema.
"Preferia estar no meio da tabela. Quem está nas extremidades não está bem", afirma Antônio de Carvalho Schneider, 35, ao ser informado de que é o juiz com maior média de punições entre os que atuaram ao menos duas vezes no torneio.
Estreante na Série A, Schneider distribuiu 48 cartões amarelos e cinco vermelhos em seis jogos. E considera que sua pior exibição foi justamente na partida em que demonstrou mais rigor.
"Não dá para achar que apitei bem um jogo em que dei 14 amarelos", afirmou o árbitro, que ainda expulsou dois jogadores no Santos x Coritiba da 17ª rodada.
Para o "rei da disciplina", a forma de apitar dos juízes não é definida pelo treinamento que recebem das comissões de arbitragem estaduais e nacional, mas sim por suas personalidades e experiências anteriores.
"A boa arbitragem é a que segue seus critérios do início ao fim. Eu não tolero ser xingado, acho que o árbitro não pode aceitar isso."
"Mas tem juízes que aceitam porque isso faz parte da educação que eles receberam e do ambiente em que vivem", completou Schneider, bacharel em direito
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