Forças de segurança matam 23 pessoas na Síria
Pelo menos duas pessoas morreram neste sábado por disparos das forças de segurança na província de Idleb, no norte da Síria, informou a OSDH (Organização Síria de Direitos Humanos).
A mesma ONG disse nesta sábado que pelo menos 21 pessoas morreram na sexta-feira na repressão dos protestos contra o regime do ditador sírio, Bashar al Assad.
Segundo esta organização, as duas vítimas foram atingidas quando um contingente de agentes de segurança e militares chegou à aldeia de Heish, na região de Maara al Neeman, para efetuar uma batida.
Um ativista local disse à organização que esta operação do regime sírio tinha entre seus objetivos a busca do promotor Adnan Bakur, que apresentou sua demissão em protesto pelos massacres do regime.
No último dia 31 de agosto, Bakur renunciou a seu cargo em uma mensagem de vídeo reproduzida pelas televisões árabes, na qual denunciou massacres, torturas e assassinatos de ativistas e pessoas detidas por participar das manifestações contra a ditadura.
Enquanto isso, o OSDH informou também que uma família de Al Quseir, na província de Homs, recebeu neste sábado o corpo de um de seus membros, que morreu sob tortura em um quartel sírio, onde permanecia detido há mais de um mês.
MORTOS NA SEXTA-FEIRA
Segundo esta ONG, entre as vítimas de sexta-feira, nove morreram na província de Rif Damasco, junto à capital síria, enquanto outras morreram na zona de Homs, no norte do país. Outras três pessoas morreram na cidade de Deir ez Zor, localizada no nordeste sírio.
A mesma organização de direitos humanos denunciou que as forças do regime lançaram na noite de sexta-feira uma campanha de detenção de ativistas na localidade de Al Bab, situada em Homs.
Desde meados de março, a Síria é cenário de revoltas populares que já vitimaram 2.006 civis e 471 soldados e efetivos das forças de segurança, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
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