Jovens infratores participam de projeto de inclusão digital do Senai-Cáceres
Jovens infratores internos do Centro Regional Socioeducativo de Cáceres estão sendo qualificados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) na área de tecnologia da informação visando à inclusão digital dos adolescentes. A ação envolve uma parceria entre o Senai-Cáceres e a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), oferecendo o curso de montador e mantenedor de microcomputador, no qual estão matriculados 10 adolescentes.
O curso tem 200 horas de duração e é da modalidade qualificação profissional. As aulas começaram no final de agosto e são realizadas no Centro Regional Socioeducativo de Cáceres. O local tem capacidade para atender a 22 adolescentes infratores. Desta parceria, participam jovens com idade igual ou superior a 16 anos e que já concluíram o ensino fundamental. A previsão de término do curso é para o final de setembro, sendo que eles estudam de segunda a sexta-feira, durante o dia todo. "A proposta é prepará-los para uma profissão, na qual eles possam atuar tanto como empregados ou como autônomos, uma vez que é a área de tecnologia da informação sempre demanda profissionais capacitados", explica a gerente do Senai-Cáceres, Rosinei Ferreira.
A iniciativa integra o Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI), que busca promover a universalização do acesso à educação profissional, contribuindo para ampliar as oportunidades no mercado de trabalho às pessoas com deficiência, baixa-renda ou a grupos que sofrem vulnerabilidade e/ou exclusão social. E é o que vem acontecendo com os projetos que envolvem o PSAI. No caso de Cáceres, a gerente explica que, em outro ano, um dos reeducandos do Centro Regional Socioeducativo de Cáceres participou de uma turma de operador de microcomputador e conseguiu emprego. "Este jovem já concluiu a medida socioeducativa. Hoje trabalha e estuda, e não voltou a cometer atos infracionais. E a nossa perspectiva é que ocorra o mesmo com os novos alunos, de forma que, a partir da educação profissional, eles tenham melhores condições de enfrentar o mercado de trabalho", complementa.
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