Uma empresa laranja era usada para esquentar notas fiscais e o produto era novamente revendido para empresas fora da cidade
Nova Mutum: Quadrilha desviava milho de multinacional e vendia para terceiros
Uma ação da Polícia Civil de Nova Mutum colocou fim a uma quadrilha que agia desviando cargas de milho de um frigorífico de aves. Uma fonte do ExpressoMT revelou que a ação era planejada por quatro pessoas, sendo dois funcionários da empresa e dois de uma transportadora.
Na investigação foi descoberto que o motorista que fazia o transporte do milho para unidade frigorífica apresentava apenas a nota fiscal, o funcionário carimbava e dava como recebido o produto, e a empresa de transportes recebia o valor da carga que nunca era descarregada na multinacional.
Uma empresa laranja era usada para esquentar notas fiscais e o produto era novamente revendido para empresas fora da cidade. Um motorista detido na quinta-feira (01) pela Policia Rodoviária Federal (posto Gil), transportava um bitren carregado de milho, o destino era um armazém em nobres.
A fonte do ExpressoMT informou ainda que alguns diretores da empresa desconfiaram da ação e colocaram funcionários disfarçados para investigar se o milho estava sendo descarregado na unidade. Na quinta-feira a carreta presa pela Policia Rodoviária, já havia recebido o carimbo que comprovava a entrega do produto, quando na verdade o destino era outro.
Outro fator que contribuiu para a desconfiança dos diretores da empresa foi o fato do funcionário que recebia o produto na empresa, que recebe um salário de R$ 900, ter comprado um carro 0 km no valor de R$ 40 mil reais à vista.
Quatro pessoas foram presas e confessaram a polícia como funcionava todo o esquema e quem eram os responsáveis. Um levantamento preliminar realizado pela empresa em conjunto com a Polícia Civil identificou que foram desviadas cerca de 14 cargas avaliadas entre R$ 20 e 25 mil. O valor total beira os R$ 350 mil reais.
Os quatro envolvidos foram presos e serão indiciados por formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos. Ambos já estão soltos e vão responder o processo em liberdade.
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