O gestor da escola disse que não houve excessos e que o garoto não comeu porque não estava com fome. “Pedimos ao aluno que fosse para a sala do laboratório e a professora iria ficar lá até que o pai viesse. Chegando lá, ela perguntou se ele queria comer alguma coisa, se ele estava com fome, mas ele se negou e disse que não queria comer nada”, conta.
O Conselho Tutelar vai investigar o fato. “A escola pode punir o aluno de outra forma, mas desse jeito é ilegal”, afirma o presidente do Conselho de Rio Verde.
A Secretaria de Educação afirmou que o aluno não deveria ter ficado após o horário sem ter avisado aos responsáveis. Segundo ela, o caso será apurado e poderá ser aberto um processo administrativo contra os educadores.
Ensino-aprendizagem
A psicóloga Arina Ximenes, especializada em crianças e adolescentes, afirma que este tipo de castigo não é educativo. “Na verdade, quando se chega a um castigo é porque já houve uma falha no relacionamento entre o educador e o educando. Por isso, temos a necessidade de um trabalho que envolva a criança, a família e a escola”, defende.
Segundo ela, há uma transferência de competências. “O que está havendo é um jogo de situações que são da competência da escola ser jogada para a família e, mais grave ainda, quando a família joga para a escola. Então, o resultado disso é a criança que não tem prazer em estudar”, explica a psicóloga.
Arina diz que a relação entre professores e alunos deve ser mantida de forma afetiva. “Se aprende muito melhor quando você admira e tem afeto por quem te ensina”, conclui.
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