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Policia MT
Quarta - 31 de Agosto de 2011 às 08:36
Por: ADILSON ROSA E GUILHERME BLATT

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Trabalhadores e clientes do espaço ainda conviviam com marcas da violência e o medo um dia depois
Trabalhadores e clientes do espaço ainda conviviam com marcas da violência e o medo um dia depois
A quadrilha que tentou roubar dois malotes de dinheiro na tarde de segunda-feira na Galeria Itália, no Jardim das Américas, era formada por quatro ou cinco integrantes e o bando estaria ligado a quadrilhas especializadas em arrombamento de caixas-eletrônicos. No fim da tarde de ontem, a polícia deteve cinco suspeitos durante o velório de um dos assaltantes, Luiz Fernando de Almeida da Silva, 21, para averiguações. Na tentativa de assalto, morreram quatro pessoas, dois vigias e dois assaltantes.

Luiz Fernando da Silva já havia sido preso em junho de 2009 quando participava do arrombamento do caixa-eletrônico instalado no prédio do Procon, na avenida Rubens de Mendonça. Os suspeitos detidos pela polícia já teriam participado de crimes ao lado do criminoso. O delegado João Bosco de Barros, titular da Delegacia do Verdão, disse que eles serão interrogados e que ainda não se sabe se participaram da ação.

Próximo à galeria, a polícia apreendeu uma motocicleta Falcon com dois capacetes, que foram abandonados pelos bandidos. A motocicleta não apresenta queixa de roubo e, a partir dela, os policiais também tentam identificar os demais integrantes da quadrilha.

Segundo João Bosco, os ladrões teriam recebido informações sigilosas a respeito do horário do reabastecimento dos caixas-eletrônicos. “Havia R$ 50 mil em cada malote. Os ladrões sabiam o horário exato em que seriam reabastecidos. A audácia dos bandidos foi tão grande que agiram mesmo com um grande número de pessoas por perto”, disse.

No local morreram o segurança do carro forte Paulo Perpétuo Correa, de 24 anos, e os assaltantes Thiago Henrique da Silva, de 21, além de Luiz Fernando. O segurança Valdenir Nogueira de Matos morreu ontem de madrugada, no Pronto-Socorro de Cuiabá.

Ontem, a PM chegou a prender um terceiro suspeito que tentou fugir ao lado de um dos assaltantes. Mais tarde, foi comprovado que ele estava apenas recarregando um cartão dentro da galeria e não tinha nada a ver com o fato.

Conforme o relato de testemunhas, os dois assaltantes abordaram os vigias durante a troca de malotes. Eles se aproximaram dos seguranças gritando “perdeu” e atiraram na cabeça de Paulo, dando início ao tiroteio. Um dos bandidos tentou fugir pela porta que dá acesso a avenida Brasília e foi atingido na face por um tiro de escopeta calibre 12, disparado por um segurança que fazia a cobertura do lado de fora da galeria.

O segundo assaltante foi baleado na perna e tentou fugir pela porta de trás da Galeria, que dá acesso a rua Guadalajara. Ele roubou o carro de uma mulher para tentar fugir, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dentro do carro, que, na seqüência, bateu em um caminhão-pipa parado na avenida Haiti.

Para o delegado, com a greve dos investigadores e escrivães, as investigações ficarão comprometidas. “É preciso um bom senso entre a categoria e o governo para chegar a um acordo e avançarmos nas investigações”, frisou.




Fonte: Do DC

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