O vapor gerado durante a queima da lenha é transformado em energia mecânica e depois em eletricidade, que permanece armazenada em uma bateria de carro.
Engenheiro brasileiro cria fogão a lenha que gera energia
O engenheiro mecânico Ronaldo Sato desenvolveu um fogão a lenha capaz de gerar energia elétrica. O equipamento criado pelo brasileiro é ideal para zonas rurais, onde o acesso à rede elétrica é dificultado, ele ainda é mais seguro e ambientalmente correto.
O protótipo levou sete anos para ser finalizado, durante esse tempo o pesquisador estudou diversas alternativas, até chegar ao modelo ideal, em 2006. A proposta fez tanto sucesso, que sua eficiência atraiu os interesses da Energer, empresa especializada em energia renovável. A eficiência do fogão foi comprovada pela Eletrobras e pelo Instituto Nacional de Tecnologia.
Segundo matéria publicada na Folha de S. Paulo, o fogão, apelidado de Geralux, é capaz de produzir energia suficiente para manter em funcionamento três lâmpadas de LED por seis horas, um rádio por quatro horas, uma televisão de 14 polegadas e um receptor de sinal parabólico por três horas e um refrigerador de corrente contínua por 24 horas.
O fato de não possuir caldeira torna o equipamento mais seguro. Além disso, ele chega a ser 50% mais econômico do que os modelos tradicionais e retém a fuligem no próprio fogão. O vapor gerado durante a queima é transformado em energia mecânica e depois em eletricidade, que permanece armazenada em uma bateria de carro. Essa tecnologia reduz os impactos que os fogões a lenha geram na saúde das pessoas que o utilizam.
Hoje os custos para essa produção são de R$ 4.900, no entanto, Sato acredita que ele possa ser barateado, diante de uma produção em grande escala. A tecnologia pode ser aplicada também em escolas da região Amazônica, em que o fogão geraria energia enquanto a merenda é feita. Neste ano o governo brasileiro levou a tecnologia a 300 famílias do Acre, mas a proposta é de que, através do Programa Luz para Todos, 25 mil famílias que vivem em áreas isoladas tenham acesso à energia elétrica. Com informações da Folha e da Inovação Tecnológica.
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