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Internacional
Terça - 30 de Agosto de 2011 às 14:42

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A Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) firmou na segunda-feira (29), em Campo Grande, um termo de cooperação com representantes do setor portuário da província chilena de Iquique. O objetivo discutir estratégias para criar um corredor bioceânico, o que encurtaria o caminho da exportação de produtos para a Ásia em 7 mil quilômetros, segundo a federação.

Em outubro deste ano, técnicos da Fiems devem visitar o porto de Iquique para uma capacitação sobre os processos dos serviços de logística. O corredor bioceânico deve ficar pronto até novembro do ano que vem.

Atualmente, os produtos sul-mato-grossenses destinados ao mercado asiático saem do país pelo porto de Santos (SP). Com a utilização do corredor bioceânico entre Brasil e Chile, as exportações atravessariam a Bolívia. "Assinamos um convênio de cooperação para que possamos capacitar empresários e técnicos com relação às facilidades que o porto de Iquique oferece", explica o superintendente do Instituto Euvaldo Lodi, Bergson Amarilha.

Essa é a terceira vez que os chilenos vêm a Mato Grosso do Sul para tentar viabilizar a nova rota de transporte. O país que quer estreitar relações com o Brasil diz ter um acesso preferencial a mais de 4 bilhões de habitantes, por meio de 20 acordos firmados com 56 países. "A gente tem feito alguns estudos, e o trajeto do porto de Iquique até os portos da Ásia é dez dias mais rápido", diz o subgerente de capacitação Oscar Tapia Estay.

A empresa de Gilberto Tadeu Vicente importa equipamentos hospitalares da Ásia. A principal rota é pelo porto de Santos. Ele acredita que uma nova rota pode agilizar o processo e diminuir os custos. "Teria um custo de transporte 50% inferior ao que estão nos impondo hoje, e os custos de frete implicam em todos os impostos", comenta.

O transporte pelo continente será feito por malha rodoviária, uma alternativa para evitar o uso de trens pela cordilheira dos Andes. Em 2010, Mato Grosso do Sul exportou US$ 1 bilhão para a Ásia, entre óleo vegetal, carne, papel, celulose, couro e outros. Já a importação de produtos asiáticos no mesmo período totalizou US$ 494 milhões, entre tecidos e eletrônicos.






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