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Terça - 30 de Agosto de 2011 às 07:21

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Com a volta do fornecimento do gás boliviano a Termelétrica Mário Covas gera energia em Cuiabá
Com a volta do fornecimento do gás boliviano a Termelétrica Mário Covas gera energia em Cuiabá
A Usina Termelétrica Mário Covas, de Cuiabá, volta a gerar energia no próximo dia 12. Isso foi o que sustentou o governador Silval Barbosa, numa coletiva de imprensa ontem, no Palácio Paiaguás.

Silval disse que naquela data, no Rio de Janeiro, seria assinado o último contrato entre a Petrobras, a empresa Pantanal Energia e o governo da Bolívia, que fornece gás a Mato Grosso. Por esse documento os bolivianos passarão a enviar diariamente 2,2 milhões de metros cúbicos de gás pelo gasoduto Bolívia-Mato Grosso que se encontra praticamente desativado desde meados de 2007.

Esse contrato anunciado por Silval dá à Petrobrás a concessão da distribuição do gás para o funcionamento da termelétrica pelo período de dois anos. No entendimento de Silval a quantia que será enviada, é suficiente para retomar o funcionamento da usina, que pode gerar até 480 MW na ponta e suprir 60% da demanda energética de Mato Grosso.

Na coletiva, Silval também afirmou que o acordo foi fruto de um processo de articulação política dos governos federal e estadual juntamente com a empresa Pantanal Energia, Governo Federal. “Temos acompanhado há um bom tempo essa situação e traçado estratégias para a retomada das atividades da usina. Hoje, chegamos ao final deste impasse, com atenção especial do governo federal, que reviu os contratos assinados até então, pela União com o governo boliviano, que fornece o combustível”, afirmou.

O secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, complementou que desde a paralisação das atividades da termelétrica, o estado determinou como política de governo a solução do impasse. “Foram realizadas várias viagens à Bolívia com o objetivo de estabelecer um acordo com o governo boliviano para que a termelétrica voltasse a funcionar”, disse. Nadaf destacou que o acordo é exclusivo para o funcionamento da termelétrica, mas que este processo pode se ampliar à distribuição inclusive de gás natural veicular (GNV), que tem contrato sólido de 10 anos entre Mato grosso e a Bolívia.

O representante da empresa Pantanal Energia, Fábio Garcia, agradeceu o empenho do estado para que o novo acordo fosse possível. “Era uma situação complexa que demandava um alinhamento entre várias instâncias, respeitando vários interesses para que se chegasse a um consenso. Conseguimos com isso a retomada da segurança energética ao estado, com a possibilidade de inserir definitivamente o gás natural como matriz energética em Mato Grosso”, finalizou.

Com a paralisação da geração na termelétrica alguns técnicos que trabalhavam na empresa Pantanal Energia deixaram Cuiabá em busca de emprego em outras usinas fora de Mato Grosso. Não se sabe quantos técnicos deixaram a empresa nem se esse vácuo poderá dificultar a retomada dos trabalhos.




Fonte: Do DC

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