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Polícia Brasil
Segunda - 29 de Agosto de 2011 às 19:06

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Uma operação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), iniciada na manhã desta segunda-feira (29), pretende prender uma quadrilha acusada de corrupção e lavagem de dinheiro, formada por contadors e auditores fiscais que solicitavam dinheiro para diminuir as autuações em empresas submetidas a fiscalização da Fazenda Estadual. Ao todo são sete mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária na Grande Vitória.Um dos mandados está sendo cumprido na manhã desta segunda-feira (29), na avenida Hugo Musso, no bairro Praia da Costa, em Vila Velha.

Um dos mandados está sendo cumprido na manhã desta segunda-feira (29), na avenida Hugo Musso, no bairro Praia da Costa, em Vila Velha. A Operação Perfídia é uma ação conjunta do MPES, do Grupo Especial de Trabalho de Proteção à Ordem Tributária (GETPOT), da Secretaria Estadual da Fazenda e da Polícia Militar (PM).

Segundo as investigações, os criminosos recebiam vantagens financeiras ilícitas e efetuavam a prometida diminuição das autuações, e faziam tal promessa "arbitrando" um elevado e irreal valor de autuação, solicitando dinheiro para que as mesmas fossem diminuídas. Neste caso, de acordo com o Ministério Público do Espírito Santo, a propina era paga, mas os auditores autuavam as empresas da forma aparentemente correta, a fim de evitar questionamentos sobre suas condutas.

As investigações apontam ainda, para a prática de lavagem de dinheiro, na qual um auditor fiscal, cuja prisão temporária foi decretada pelo Juízo da Central de Inquéritos de Vitória, levava os cheques recebidos por si ou por outros auditores para uma empresária. Ela ocultava a origem do dinheiro ilícito e, posteriormente, os repassava aos auditores em espécie ou mediante depósito bancário em conta de terceiros a eles ligados. Segundo o MPES, a empresária já está presa.

A operação Perfídia é um desdobramento de outra operação desencadeada pelo NUROC em 2009, quando um auditor fiscal e um contador foram presos a partir da denúncia de um empresário, que estaria sendo extorquido por eles. O inquérito policial foi concluído e remetido ao Ministério Público.

O Poder Judiciário deferiu a quebra dos sigilos bancário e fiscal de diversas pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidas com as acusações. Segundo o MPES, esta medida possibilitará a revelação dos nomes de outros auditores fiscais beneficiados com o esquema criminoso. Nos próximos dias, as testemunhas e os investigados serão ouvidos e a expectativa é que parte das investigações se termine ainda nesta semana.





Fonte: Do G1 ES

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