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Nacional
Segunda - 29 de Agosto de 2011 às 17:06
Por: Ricardo Campos Jr.

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Arquivo pessoal
Altieri (direita) com a família, cerca de um ano
Altieri (direita) com a família, cerca de um ano
Laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) de Campo Grande, emitido nesta segunda-feira (29), confirma que o corpo encontrado há quase oito meses em Três Lagoas, cidade a 338 quilômetros de Campo Grande, pertence a Altieri Cardoso Neves, desaparecido desde setembro de 2009. A demora na coleta e entrega do exame de DNA atrasava a identificação.

De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Orlando Vicente Abate Sacchi, o caso passa a ser investigado como homicídio e não mais como desaparecimento. Segundo ele, o veículo da vítima também sumiu, o que levanta a suspeita de latrocínio, roubo seguido de morte.

O carro, de acordo com Sacchi, passou pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Miranda, a 203 quilômetros de Campo Grande, indo em direção à Bolívia, alguns dias depois que Altieri foi visto pela última vez.

A mãe de Altieri, Auri Passos Neves, soube da identificação pela manhã e agora aguarda orientação para fazer o translado do corpo de MS para Eunápolis, na Bahia, onde mora. Segundo ela, o laudo ajudou a aliviar a angústia dos últimos dois anos, mas espera punição para quem cometeu o crime.

“Foram anos de sofrimento, mas pelo menos a gente vai poder fazer o enterro. Agora falta descobrir quem fez isso com ele. Eu quero justiça”, disse Auri.

O coordenador geral de perícias do estado, Alberto Dias Terra, informou que, inicialmente, foram encaminhados para o Imol partes da boca do corpo e moldes ortodônticos que a família obteve com o dentista de Altieri.

Contudo, Alberto explicou que o laudo da arcada dentária teve resultado inconclusivo, pois, devido à decomposição, faltavam dentes no cadáver. Um dos médicos encaminhou parte da ossada para o Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (Ialf), que faz exames de DNA.

"É mais difícil extrair DNA de dentes. É uma técnica muito demorada", disse Terra. Apenas quando o laboratório encontrou material genético, após duas tentativas, que foi providenciada a coleta de sangue da família para a comparação. Auri e o marido viajaram para Campo Grande no último dia 17 de agosto.

 “Aí eu fico pensando. Demorou oito meses e nunca chamaram a gente para fazer o DNA. Foi uma coisa tão rápida. Será que poderia ter sido feito antes?”, questiona Auri.

De acordo com a mãe da vítima, a família pretende voltar a Mato Grosso do Sul para buscar a ossada. Eles aguardam autorização da Polícia Civil para agendar a viagem.





Fonte: Do G1 MS

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