Detentos do presídio Romeu Gonçalves Abrantes, o PB-I, e da Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como presídio do Roger, ambas na Paraíba, entraram em greve de fome para reivindicar nova direção e o retorno do sistema antigo de visitas. Segundo o governo do Estado, a manifestação seria em repúdio à nova gestão da penitenciária, que acabou com regalias a detentos.
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado, o novo diretor deu fim a um sistema informal de visitas, quando entravam nas prisões pessoas sem grau de parentesco com os detentos levando alimentos como pizzas, lagostas, pasta de amendoim, além de outras regalias, como video-games.
A greve de fome começou na noite de sexta-feira no PB-I, que concentra 170 detentos, considerados mais perigosos. Os líderes de facções criminosas se rebelaram contra a mudança de direção do presídio e as revistas frequentes.
A informação da greve de fome chegou ao presídio do Roger, que tem cerca de 600 detentos, e foi implantada na madrugada de sábado. Os presos que não aderem à greve são ameaçados pelos líderes das facções, de acordo com a secretaria.
Uma resolução do Conselho Penitenciário restringe a entrada de alguns itens alimentícios nas unidades prisionais. O governo do Estado espera que a visita do secretário Harrison Targino ao PB-I, neste domingo, enfraqueça o movimento. Há informações de que alguns presos já teriam voltado a comer.
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