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Nacional
Domingo - 28 de Agosto de 2011 às 18:34

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As empresas de transporte público do Distrito Federal improvisam estacionamentos em áreas residenciais de Brasília em horários fora do pico ou em áreas públicas, como o estacionamento do antigo estádio Mané Garrincha. Na parte externa do estádio, diversos ônibus estacionam durante o dia. A empresa dona dos veículos mantém até um serviço de manutenção no local.

Nas Asas Norte e Sul, as empresas estacionam micro-ônibus, conhecidos na capital como “zebrinhas”, em estacionamentos públicos das quadra residenciais em horários de baixa demanda de transporte.

A assessoria de imprensa do DFTrans afirmou que os ônibus têm “autorização informal” para utilizar o estacionamento do estádio porque a situação dos terminais de ônibus do DF é precária.
 
Empresas de transporte público do Distrito Federal improvisam estacionamentos em áreas residenciais de Brasília em horários fora do pico ou em áreas públicas, como o estacionamento do antigo estádio Mané Garrincha, no Distrito Federal. (Foto: Mariana Zoccoli/G1)
Empresas de transporte público do Distrito Federal improvisam estacionamentos em áreas residenciais de Brasília em horários fora do pico ou em áreas públicas, como o estacionamento do antigo estádio Mané Garrincha, no Distrito Federal. (Foto: Mariana Zoccoli/G1)



“Como não se previu a construção dos terminais, eles deixam os ônibus ali por comodidade mesmo. Se eles tivessem que voltar para as garagens, seria antieconômico”, explicou a assessoria.

A situação dos “zebrinhas”, segundo a assessoria de imprensa do DFTrans, já teria sido resolvida. O órgão informou que, após uma solicitação dos moradores da quadra 916 Norte, a empresa responsável pelos veículos foi orientada a não utilizar os estacionamentos em áreas residenciais.

“Isso já foi motivo de denúncia, fiscalização e autuação. Os veículos devem ir para uma área na 916 Norte e para o terminal rodoviário da Asa Sul”, afirmou a assessoria.

No entanto, os micro-ônibus que ficavam estacionados na quadra 216/416 Sul não cumpriram a determinação. Após muitas reclamações dos moradores, os ônibus saíram do local e improvisaram um novo estacionamento em um lote atrás da L2 Sul. De acordo com a prefeita da quadra 216 Sul, Sulene Rocha, os veículos utilizavam o estacionamento perto da quadra como ponto de controle há mais de 15 anos.

“A frota aumentou muito. Antes eram apenas seis ônibus, mas chegou ao ponto de 23 veículos ficarem nesta entrequadra”, explicou Sulene. A prefeita afirmou que tentou retirar os “zebrinhas” de perto da quadra por mais de cinco anos. A decisão a favor dos moradores saiu há cerca de 60 dias.

“Precisamos de uma ação judicial para conseguir isso. Ninguém desta quadra é contrário aos ônibus, mas não era mais possível suportar o ponto de controle aqui”, afirmou.

De acordo com a assessoria de imprensa da Administração de Brasília, os ônibus terão que encontrar um novo estacionamento, já que o estádio está em obras. Ainda segundo a assessoria, há mais de 30 anos as empresas utilizam estes tipos de locais como garagem. “Foi um erro, mas permitiram”, declarou a assessoria de imprensa do órgão.

Para o DFTrans, até que se construam os terminais rodoviários no DF, será necessário improvisar lugares para os veículos. O órgão alegou que não há uma solução de curto prazo, já que a área destinada para o terminal rodoviário da Asa Norte foi vendida para uma rede de supermercados.

Para o DFTrans, responsável pela fiscalização, até que se construam os terminais rodoviários no DF será necessário improvisar lugares para os veículos.  (Foto: Mariana Zoccoli/G1)
Para o DFTrans, responsável pela fiscalização, até
que se construam os terminais rodoviários no DF
será necessário improvisar lugares para os
veículos. (Foto: Mariana Zoccoli/G1)



As empresas

O assessor da direção da Viplan Josafá Silva disse que a determinação do DFTrans ainda não está sendo cumprida. Segundo o assessor, os ônibus continuam parados em algumas quadras residenciais e não nas áreas determinadas pelo órgão. Sobre a necessidade de desocupar o estacionamento do Estádio Nacional, Silva informou que ainda não recebeu nenhuma orientação do GDF.

De acordo com o assessor jurídico da Viação Anapolina e Luz, Antenor Mito, até o momento o governo do Distrito Federal também não comunicou as empresas sobre o que acontecerá com o estacionamento no estádio. Mito afirmou que os ônibus utilizam o estacionamento do estádio porque fazem apenas uma viagem ao dia e que, caso fosse necessário retornar à garagem, poderia haver impacto nas tarifas.

Ele alegou que a empresa não conseguiu, em Brasília, um local viável para colocar os veículos. “Buscamos um lugar mais adequado, onde os veículos não fiquem tão expostos. Ao longo de vários anos fazemos aquela parada. É um impasse, mas não conseguimos apoio governamental”, disse. Ele afirmou que cerca de 200 ônibus da empresa ficam parados diariamente no estacionamento do estádio.

Ainda segundo o assessor jurídico, a empresa disponibiliza uma equipe de trabalho no local. Uma oficina móvel fica de prontidão para atender às demandas, e limpezas internas são realizadas durante o tempo de parada. “Os motoristas deixam os veículos durante esse período e vão embora”, disse.

Novos terminais
A Secretaria de Transportes informou, por meio de nota, que construirá oito novos terminais no DF. As regiões beneficiadas são o Setor Leste do Gama, a QNL de Ceilândia, Sobradinho II, dois terminais no Recanto das Emas, em Samambaia Norte e Sul e no Riacho Fundo II.

Outros terminais passarão por reformas estruturais e terão, também, ampliação e adequação. Os terminais do P Sul, Guará I e II, Núcleo Bandeirante, M Norte, Paranoá, Taguatinga Sul, Planaltina e Cruzeiro passarão pelas reformas.

De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, o edital de licitação para as obras dos novos terminais e para as reformas deverá estar concluído no prazo de 60 dias. O governo destinou R$ 40 milhões de investimentos para os terminais do Distrito Federal. A assessoria informou que a verba, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), já foi captada e não necessita mais de aprovação.

Outros três terminais serão construídos com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Dois terminais ficarão em Santa Maria e um no Setor O, em Ceilândia. O custo total do investimento é de R$ 11 milhões, e a licitação, segundo a assessoria, está em andamento.





Fonte: Do G1 DF

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