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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Domingo - 28 de Agosto de 2011 às 18:12

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Não há razões para pensar que as expectativas de inflação aumentaram na Europa, disse Ewald Nowotny, membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), em declarações à agência de notícias Bloomberg. Seus comentários sugerem que o BCE possa manter as taxas no mesmo nível depois dos aumentos anteriores deste ano. O banco central deixou as taxas intactas este mês.

 

 

 

 

"O que vemos é que as expectativas de inflação são estáveis", disse Nowotny, num artigo publicado na noite de sábado. "Pelo momento, considerando os preços do petróleo e a demanda geral, não vejo temas específicos que possam contribuir para uma alta nos prognósticos de inflação", assegurou.

 

 

 

 

Ele disse também que a perspectiva de crescimento para a zona do euro está "intacta" e que ela daria uma sólida base para o ano seguinte. "Se houver inclusive uma desaceleração, isso não significaria que haverá uma recessão", afirmou.

 

 

Entenda

No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.

 

 

 

A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.

 

 

 

Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.

 

 

 

Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência Standard & Poor"s retirou a nota máxima (AAA) da dívida americana.




Fonte: Reuters

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