Uma batalha judicial entre os advogados de defesa e acusação está atrasando o julgamento. Neste ano, três audiências para ouvir testemunhas e investigadores do caso foram adiadas. A defesa diz que não conhece as provas que a acusação vai apresentar. Os advogados de acusação afirmam que isso é uma estratégia para adiar mais uma vez o julgamento.
Sete pessoas foram presas por suposto envolvimento com o triplo homicídio. A arquiteta Adriana Villela, filha do casal, chegou a ser presa em agosto do ano passado suspeita de ter sido a mandante do crime.
Ex-porteiro do prédio onde os Villela moravam, Leonardo Campos Alves confessou os homicídios e está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Paulo Cardoso Santana e Francisco Aguiar, que teriam sido ajudantes, também estão presos. A defesa nega as acusações.
Em setembro do ano passado, a Polícia Civil do DF pediu a prisão preventiva de cinco suspeitos. Quatro deles já haviam cumprido prisão temporária: a vidente Rosa Maria Jacques e o marido dela, João Tocheto de Oliveira, e o policial civil José Augusto Alves. Também foi pedida a prisão da delegada Marta Vargas, primeira responsável pelas investigações.
A perícia feita Polícia Civil no local do crime indicou que o ex-ministro levou golpes pelas costas e também pela frente e foi o último a morrer. Maria levou 12 facadas e Francisca, 23. Outro fato constatado pela perícia foi que Franscisca teve as mãos amarradas atrás do corpo antes de ser assassinada. Segundo os peritos, um lacre de cargas foi usado como uma espécie de algema flexível para atar a empregada do casal.
Dólares e jóias foram levadas do apartamento dos Villela. A perícia informou que foram localizados no imóvel caixas de uísques sem as bebidas e com anotações sobre valores e bens guardados no local.
Ainda segundo a perícia, a cena do crime era limpa e organizada. No trinco de uma das portas foi localizado sangue do ex-ministro. Os corpos de Villela e Francisca foram encontrados na área de serviço do apartamento, enquanto o corpo de Maria estava em um corredor do imóvel.
A polícia trabalha com a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte) ou de que o crime tenha sido encomendado.
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