Polícia quer que os três indiciados fiquem presos por tempo indeterminado. Delegado também sugeriu à promotoria que 2 menores sejam recolhidos.
Pedida prisão de suspeito de matar aluno
Denis Papa Casagrande, de 21 anos, morreu após
ser esfaqueado na festa (Foto: Reprodução/ EPTV)
O estudante morreu no dia 21 de setembro, segundo a conclusão da Polícia Civil no inquérito, após ser confundido com um rapaz que teria assediado a integrante de um grupo autointitulado anarcopunk durante o evento. O estudante foi atingido no coração por uma faca e apanhou durante cerca de 15 minutos após ser cercado por ao menos 30 pessoas.
Maria Tereza Peregrino, que assumiu ter dado a facada em Casagrande, e o namorado dela, Anderson Mamede, que confessou ter participado das agressões, já estão presos temporariamente, mas o Pegolo quer que a prisão deles seja por tempo indeterminado. O terceiro suspeito, André Ricardo de Souza Motta, que foi indiciado nesta quinta-feira, está solto, e a intenção da polícia é que até o fim da semana que vem a prisão dele seja autorizada.
“Nossa alegação é garantir a segurança das testemunhas protegidas, que auxiliaram no inquérito, além de garantir a ordem pública. Nós entendemos que eles soltos oferecem risco à sociedade”, alegou Pegolo, que já havia dito que o casal apresenta comportamento agressivo e que é inapto ao convívio social. A prisão temporária do casal vence no dia 12 de outubro. A expectativa do delegado é que a Justiça avalie a prisão preventiva - por tempo indeterminado - até o fim da semana que vem.
Sobre os menores de idade, o delegado explica que o procedimento de apreensão é diferente. A polícia enviou nesta sexta-feira ao MP uma sugestão para que os dois adolescentes de 15 e 16 anos sejam internados provisoriamente à Fundação Casa. Eles são apontados como agressores da vítima e a polícia entende que eles impediram que o socorro ao estudante fosse feito após a facada. “O desfecho poderia ter sido outro”, falou o delegado em entrevista nesta quinta, quando a Polícia Civil concluiu o caso.
Casal indiciado por morte de aluno da Unicamp
foi preso em Campinas (Foto: G1)
O que dizem os envolvidos
O advogado Rafael Pompermayer, que defende Maria Tereza, disse que já esperava que este pedido fosse feito pelo delegado. O defensor disse que a polícia se baseou apenas em relatos de testemunhas e não apresentou nenhuma prova que demonstrasse a necessidade de prisão preventiva. Ele lembrou que aguarda a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo para um pedido de habeas corpus para a cliente dele.
Mamede não tem advogado e, como segue preso, não há um novo posicionamento dele para o caso. Durante seus depoimentos, entretanto, ele disse à imprensa que eles agiram em legítima defesa porque, segundo ele, o universitário “tentou agarrar ela [Maria] à força, bateu nela”.
Motta também não foi localizado para comentar o pedido de prisão. Nesta quinta-feira, entretanto, ele falou à EPTV e negou qualquer participação na morte. Ele negou ser integrante do grupo punk e afirmou não ter participado de nenhuma agressão. Motta disse, ainda, que conhece Mamede, o encontrou por acaso na festa e só entrou na confusão para proteger o conhecido. "Quando eu cheguei já tinha acontecido, o rapaz já tinha apanhado".
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