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Nacional
Sexta - 04 de Outubro de 2013 às 23:59

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A MC Incorporação, empresa suspeita de lavagem de dinheiro, segundo investigação da Operação Miqueias, da Polícia Federal, fechou contratos com pelo menos quatro órgãos do governo federal.

De acordo com o Portal da Transparência, os contratos foram firmados com Exército, Marinha, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília e Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A Operação Miqueias, realizada no mês passado pela PF, investigou o desvio de dinheiro de fundos de pensão de municípios e levou à prisão pelo menos 23 pessoas em nove estados.

Relatórios da Policia Federal indicam que a MC Incorporação e Consultoria, não funciona no endereço de seu cadastro. Segundo a investigação, há "fortes indícios" de que é uma empresa fantasma, usada pela quadrilha para lavar dinheiro.

Entre julho de 2011 e março de 2012, a empresa movimentou mais de R$ 120 milhões, volume considerado "assombroso" pela Policia Federal.

De acordo com a apuração da PF, a MC recebia grandes quantias de outras empresas em valores que seriam sacados em espécie, na boca do caixa.

Pelo contrato social, a empresa está habilitada a prestar serviços de construção a consultoria na área de informática, passando por locação de carros e segurança privada.

No ano passado, a MC recebeu cerca de R$ 2,3 milhões do Exército, da Marinha e do Instituto Federal de Brasília. Neste ano, tem um contrato ainda em vigor com o Ministério de Desenvolvimento Agrário, que prevê o pagamento de mais de R$ 1 milhão para manutenção de imóveis.

Em depoimento à Polícia Federal, os sócios da MC disseram que, na verdade, são “testas-de-ferro” de Carlos Eduardo Marzola, que está foragido e é apontado como o chefe de um dos núcleos de lavagem de dinheiro da quadrilha.

O que dizem os órgãos públicos
O comando do Exército não forneceu detalhes do contrato. Afirmou somente que a empresa investigada cumpriu todas as exigências legais no momento da contratação.

A Marinha informou que, no ano passado, a MC foi contratada, por meio de licitação, para prestar serviços de demolição e de reforma em banheiros e que, na época, não havia qualquer restrição à empresa.

De acordo com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, a empresa prestou serviços de reforma e de manutenção predial.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário também confirmou que contratou a MC para serviços de manutenção preventiva e de pintura.






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