Apesar da relação cordial, treinador do São Paulo diz que costuma dificultar a vida de Muricy, rival no clássico de amanhã
Adilson arma nova arapuca para o Santos
Aliviado após bater o Ceará e evitar a queda precoce na Copa Sul-Americana, Adilson Batista arma o São Paulo para tentar surpreender o Santos, amanhã, na Vila Belmiro. O técnico, que tem mudado a equipe a cada jogo, aposta no bom retrospecto contra Muricy Ramalho.
"Desde a época em que estava no Cruzeiro eu criava dificuldades para ele. Principalmente quando nos enfrentamos pela Libertadores", diz Adilson, que eliminou o São Paulo em 2009 com duas vitórias - uma delas em pleno Morumbi, por 2 a 0, que culminou com a demissão de Muricy.
No ano passado, Adilson voltou a levar a melhor em sua curta passagem pelo Corinthians. No Rio, bateu o Fluminense, rival direto pelo Campeonato Brasileiro. Daquela vez, porém, quem caiu pouco depois foi Adilson e o rival acabaria campeão nacional.
Hoje, os dois mais uma vez se enfrentam em condições diferentes. Enquanto Adilson tenta se firmar no São Paulo, Muricy disputa o Brasileiro em posição mais cômoda, após ter conquistado a Libertadores pelo clube,
"Torço muito pelo Muricy, mas quero ganhar o clássico. Ele está com a vida ganha, disputa o jogo mais importante em dezembro (no Mundial de Clubes)", afirma Adilson. "Para nós, será uma vitória importante para a sequência do campeonato."
Afeito a mistérios, Adilson não revela o ataque que vai a campo: nas duas últimas partidas, optou pela dupla formada por Fernandinho e Dagoberto. O primeiro, porém, se recupera de uma pancada sofrida na perna direita e ainda é dúvida. A única certeza é que o time voltará a usar o contra-ataque, arma que tem sido eficaz na boa campanha como visitante - em nove jogos, venceu seis vezes fora de casa.
A outra opção, que vinha sendo usada, é de escalar Lucas e Dagoberto à frente. "Independentemente do Santos, se temos jogadores que podem executar o contra-ataque em velocidade, isto é uma definição de proposta", afirmou o técnico, que ontem cancelou o coletivo e fez apenas atividades leves. "Não vamos arriscar estourar um jogador numa hora dessas", justificou.
Para Adilson, repetir a mesma escalação não é prioridade no momento. "É claro que é bom repetir o time, mas às vezes o fulano não está bem e o outro está melhor ofensivamente, então temos de colocá-lo."
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